O Sicredi apresentou nesta segunda-feira, em seu estande na Expointer 2024, os resultados obtidos com o Plano Safra 2023/2024 e a prévia do primeiro mês do Plano Safra 2024/2025. Segundo a instituição financeira, foi registrado um aumento de 28% na procura por crédito apenas na comparação entre o mesmo período do ano passado. Até o momento, a Central Sicredi Sul/Sudeste já liberou R$ 2,7 bilhões para o Rio Grande do Sul, acima dos R$ 2,1 bilhões registrados em 2023.
Para o presidente da Central Sicredi Sul/Sudeste, Márcio Port, os números indicam que os produtores rurais têm buscado mais recursos para a retomada de suas propriedades atingidas pelas enchentes. “Normalmente esse primeiro mês do Plano Safra apresenta o apetite do produtor para a tomada de recursos. Ao que tudo indica, este agricultor está buscando mais recursos, possivelmente para voltar a preparar sua propriedade neste momento de retomada”, contou Port.
No atual ano agrícola, o Sicredi já liberou mais de R$ 5 bilhões no primeiro mês para todo o Brasil, sendo R$ 2,7 para o RS. Apenas no Estado, foram 16 mil operações contratadas. “Em nível nacional, somos o segundo maior repassador de crédito rural. E também aqui no RS temos a força muito grande. Somente no Estado, a carteira de crédito rural do Sicredi contabiliza quase R$ 30 bilhões”, completou.
Já no Plano Safra 2023/2024, a instituição financeira registrou um mais de 172 mil operações realizadas, cerca de R$ 18,6 bilhões de crédito disponibilizado. Além disso, o Sicredi financiou R$ 6,4 bilhões para a agricultura familiar no RS, cerca de 60% das operações no Estado. “Em muitos municípios só existe o Sicredi como instituição financeira com agência. Muitos deles com vocação da agricultura familiar. Então nós temos uma força grande em locais onde outras instituições financeira não se fazem presentes”, reforçou.
Expectativa para a Expointer 2024
Ainda de acordo com Márcio Port, há um otimismo grande do Sicredi na Expointer 2024, justamente pelo movimento de retomada, com expectativa de futuro no agronegócio. “Quando a gente vem para a Expointer, nunca temos um valor específico de recursos aportados. Até porque a gente sabe que tem muito produtor que vem, olha o maquinário e não fecha a operação aqui. Mas temos um valor que a gente disponibiliza o ano todo para o produtor e, se a demanda que surgir na feira for grande, maior que nos anos anteriores, estaremos preparados para atender”, ressaltou.
Setor demanda por recursos e renegociações
O presidente da Central Sicredi Sul/Sudeste também avaliou a participação do Governo Federal nas operações de crédito rural, principalmente para os produtores atingidos pelas cheias no RS. Segundo ele, há uma preocupação grande do setor e também uma demanda considerável por recursos e renegociação de operações.
“A gente vem de três anos de secas consecutivas e agora a enchente. Temos vários produtores em situação financeira delicada, demandando um alongamento de prazos. A gente sabe que o Governo Federal já tem se mostrado sensível a essas pautas, mas talvez não na intensidade ainda necessária. Entretanto, sabemos que existem várias conversas para o alongamento das operações”, finalizou.
Expointer 2024 - Coletiva Sicredi
