Criadores de ovinos comemoram bom momento do setor
Considerada vitrine para as raças, Expointer servirá para divulgar a atividade e fortalecer presença das cabanhas nos meios digitais
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Os criadores de ovinos que irão marcar presença nesta Expointer comemoram o momento de valorização da atividade. Conforme levantamento da Emater, o preço médio do quilo vivo do cordeiro está em R$ 8,06, porém, chega a R$ 9,00 em algumas praças. Há um ano, o valor estava em R$ 7,10. Segundo o presidente da Associação Brasileira de Criadores de Ovinos (Arco), Edemundo Gressler, o momento é positivo tanto para a comercialização de reprodutores quanto de cordeiros para carne ovina. “Está se antecipando aquela comercialização que normalmente ocorre mais no verão”, constata.
O cenário serve de incentivo à participação dos ovinocultores na Expointer Digital. Ao todo, são 230 animais de nove raças inscritos na exposição. “Nossas cabanhas estão num patamar genético extraordinário, isso tem que ser mostrado”, observa Gressler.
Donos do maior plantel de animais inscritos entre os ovinos (95), os criadores de Texel apostam na presença da sua marca por meio das plataformas digitais. “O negócio maior é a divulgação da raça e das cabanhas. Quem não é visto, não é lembrado”, afirma o presidente da Associação Brasileira de Criadores de Texel (Brastexel), Ênio Müller. De acordo com ele, além de criadores gaúchos, a exposição também irá contar com representantes de Santa Catarina e Paraná.
O criador José Thiago Machado de Mattos, da Cabanha Forqueta, de Santiago, vai participar da exposição com dez ovinos da raça. Eles são descendentes de animais que já foram campeões. Embora considere que a feira não terá o mesmo glamour dos anos anteriores, o pecuarista acredita que trata-se de uma boa vitrine. “Como as exposições de primavera vão estar suspensas, essa feira é uma oportunidade de mostrar os animais que preparamos para esse ano”, observa.
A presidente da Associação Brasileira de Criadores de Corriedale, Cristina Soares Ribeiro, afirma que a valorização da ovinocultura tem aumentado a procura por fêmeas visando a reprodução. Ela acredita que o mercado da lã, impactado pela pandemia, deve apresentar reação nos próximos meses.
