Federarroz divulga diretrizes para garantir a sustentabilidade do setor na safra 2023/2024

Federarroz divulga diretrizes para garantir a sustentabilidade do setor na safra 2023/2024

Iniciativa destaca planejamento de áreas cultivadas, rotação de culturas, exportação e gestão eficaz


Correio do Povo

Recomendação é para plantio somente em áreas com alto potencial produtivo

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A manutenção da cerca de 840 mil hectares de área plantada de arroz para a safra 2023/2024 é tema das diretrizes lançadas pela Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz). A entidade acredita que a melhor estratégia para a sustentabilidade do setor arrozeiro, além da estabilidade da área, inclui a intensificação da rotação de culturas, a exportação e a gestão eficaz. Para a Federarroz, a decisão de plantio é individual, mas o impacto nos preços futuros do cereal é coletivo. 

O presidente da Federarroz, Alexandre Velho, ressalta que o custo de produção aumentou, em média, 60% nos últimos dois anos, o que obriga os produtores a terem altas produtividades. Conforme a entidade, em anos de El Niño a produtividade historicamente diminui de 5% a 10%, o que reforça o argumento de manter a área plantada a fim de modular os investimentos em função dos riscos climáticos. 

O dirigente recomenda que os produtores plantem somente em áreas com alto potencial produtivo e mantenham a rotação de culturas. Lembra que cada propriedade tem suas características, na quais devem ser adaptados os diversos cultivos. “A diversificação continua sendo uma ferramenta fundamental para a manutenção dos negócios rurais”, reforça.

Planejamento

De acordo com Alexandre Velho, antes de pensar em ampliar a área no país é preciso garantir oferta adequada à demanda, continuar exportando e buscando novos mercados. Enfatiza que a exportação proporciona preço de referência para o mercado interno e ajuda a indústria a ter posicionamento mais firme em relação ao varejo. 

Na parte da gestão, a Federarroz enfatiza a importância de amplo planejamento da próxima safra, o que proporcionará decisões mais assertivas para gerar melhores resultados. “Cada produtor deve plantar de acordo com a sua capacidade hídrica, mantendo uma margem de segurança. Atualizar os custos de produção, avaliar riscos e analisar as informações disponíveis para a tomada de decisão são vitais para a sustentabilidade da atividade produtiva”, observa. Velho ressalta que o arroz gaúcho é um produto de excelente qualidade, reconhecido pelo mercado internacional, e a segurança alimentar dos brasileiros depende da permanência desses produtores no campo.


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