Remates na Expointer prometem desempenho semelhante ao de 2022

Remates na Expointer prometem desempenho semelhante ao de 2022

No ano passado, a comercialização da pecuária na exposição somou R$ 12,5 milhões, segundo presidente do Sindiler/RS

Nereida Vergara

O presidente do Sindiler/RS, Fábio Crespo (à direita), e o coordenador da comissão de Exposições, Feiras e Remates da Farsul, Francisco Shardong (à esquerda), durante a coletiva de lançamento oficial do Guia de Remates.

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Durante os nove dias da 46ª Expointer serão realizados 16 leilões de animais, sete de equinos, seis de ovinos e três de reprodutores de elite do gado de corte. Ao todo, a oferta deve chegar a 300 animais, com a meta de manter as médias registradas no ano passado, quando a comercialização da pecuária na exposição somou R$ 12,5 milhões. Os números foram divulgados pelo presidente do Sindicato dos Leiloeiros Rurais e das Empresas de Leilão Rural do Rio Grande do Sul (Sindiler/RS), Fábio Crespo, durante a coletiva de lançamento oficial do Guia de Remates, produzido pela entidade em parceria com a Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul).

O Guia de Remates - publicação virtual que compila os leilões da pecuária em todo o Estado - pode ser acessado desde a segunda semana de agosto, quando continha cerca de 360 datas de comercialização. Desde então, o documento vem sendo atualizado e já conta mais de 400 datas. Segundo Crespo, a temporada, antes chamada de  "de primavera", deixou de ter tal nome uma vez que os remates estão acontecendo cada vez mais cedo, a partir do final de julho neste ano de 2023. O presidente do Sindiler/RS explica que em razão da rotação entre a pecuária e a agricultura, em especial na Metade Norte do Estado e na cultura da soja, os criadores viram a necessidade de antecipar os ciclos de produção e o período de cobertura das fêmeas. "Além disso, estados vizinhos como Santa Catarina e Paraná têm vindo buscar genética gaúcha para seus rebanhos, também por terem ciclos de entouramento mais cedo", salienta.

Tanto Crespo quanto o vice-presidente da Farsul, Francisco Schardong, admitem que a cotação do boi gordo, menor em quase 20% em relação à temporada passada, pode afetar de alguma forma o resultado financeiro das propriedades que colocam seus exemplares à venda. "Mas temos obtido médias muito parecidas com as do ano passado e vendido touros entre R$ 12 mil e R$ 19 mil", completa Crespo. No ano passado, a  variação de preço dos touros foi de R$14 mil a 19 mil. As duas entidades também anunciaram que a partir de dezembro começam a trabalhar no guia de remate de terneiros, que tradicionalmente ocorre no outono.


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