Rio Grande do Sul é líder nacional em número de associados a cooperativas

Rio Grande do Sul é líder nacional em número de associados a cooperativas

Anuário do Cooperativismo Brasileiro 2023 foi lançado esta semana e analisa impacto do setor na economia


Correio do Povo

Dados do cooperativismo agropecuário podem ser acessador por Estados

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O Rio Grande do Sul é o estado brasileiro com maior número de pessoas associadas a cooperativas, chegando a 259,6 mil cooperados em 2022. A informação consta do Anuário do Cooperativismo Brasileiro 2023, lançado esta semana pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), compilando dados nacionais e segmentados pelos ramos do cooperativismo, além de um estudo inédito sobre o impacto do setor na economia brasileira, realizado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). 

Conforme o documento, no ano passado o país contava com 1.185 cooperativas agropecuárias e 1 milhão de cooperados, gerando 250 mil empregos diretos e faturando R$ 429,9 bilhões. Em relação a 2021, o faturamento cresceu 19,9%. Já o cooperativismo brasileiro em seus sete ramos (agropecuário, consumo, crédito, infraestrutura, saúde, trabalho e transportes) tinha 20,5 milhões de pessoas associadas a 4.693 cooperativas, gerando mais de 524 mil empregos e faturando R$ 656 bilhões, o equivalente a 6% do PIB.

“Os dados evidenciam o que nós sempre defendemos, que o cooperativismo é um importante gerador de impacto positivo na economia e na sociedade brasileira. Onde tem cooperativa, há geração de valor e mais prosperidade para as pessoas”, disse o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas.

Nas informações segmentadas, no ramo agro tem no Rio Grande do Sul 95 cooperativas e 33.077 empregados. Os dados sobre cooperados e empregos destoam dos números apresentados pelo Sindicato e Organização das Cooperativas do RS (Ocergs) em sua publicação anual, chamada Expressão do Cooperativismo, que mostrou na edição deste ano que havia 278,1 mil cooperados e 41,5 mil empregados no setor no ano passado. 

Ainda conforme o Anuário da OCB, as cooperativas agropecuárias pagaram R$ 8,9 bilhões em salários e benefícios e destinaram R$ 13,9 bilhões para o recolhimento de impostos em 2022. No período, o ramo agro tinha ativos calculados em R$ 266,5 bilhões, capital social estimado de R$ 22 bilhões e R$ 22,5 de sobras distribuídas aos associados. Pela sua dimensão, o ramo agro é o maior empregador das cooperativas brasileiras, com 250 mil empregos diretos - o setor como um todo tinha 524 mil funcionários. 

A publicação da OCB também mostra dados sobre a intercooperação, destacando que 49% das cooperativas agropecuárias realizaram negócios com organizações do ramo de crédito, sendo que 10% delas adquiriram produtos ou serviços de cooperativas de trabalho, 12% contrataram serviços de transporte e 21% utilizaram planos de cooperativas de saúde.

Impacto 

Municípios que contavam com a presença de cooperativas apresentavam...

  • R$ 5,1 mil em termos de PIB por habitante (18,6% da média).
  • 28,4 novos empregos formais por 10 mil habitantes  (1,9 % da média).
  • 14,8 novos estabelecimentos por mil habitantes  (87,8% da média).
  • 344,4 dólares por habitante, em exportações (34,7 % da média).
  • 121,5 dólares por habitante, em importações (34,4 % da média).
  • 96,2 dólares por habitante, no saldo comercial (15% da média). 

Para cada R$ 1 gasto, houve incremento na economia nacional de… 

  • R$ 1,65 em termos de produção.
  • R$ 0,06 em termos de impostos arrecadados.
  • R$ 0,88 gerados em termos de valor adicionado na economia brasileira.
  • R$ 0,33 em termos de massa salarial.

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