Rio Grande do Sul e Brasil de olho nas oportunidades da carne e no mercado de créditos de carbono

Rio Grande do Sul e Brasil de olho nas oportunidades da carne e no mercado de créditos de carbono

Fórum da Carne Bovina, evento que lotou auditório da produção na 23ª Expodireto, debateu sustentabilidade e mercado para a atividade

Correio do Povo

Ex-ministro Roberto Rodrigues salientou o papel do agro brasileiro na economia mundial

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O mercado de crédito de carbono no mundo, em 2023, é estimado em 900 bilhões de dólares, mas a previsão é que chegue, até 2025, a 1 trilhão de dólares.A informação foi dada pelo gerente de projetos especiais da empresa MyCarbon, Guilherme Ferraudo, no 1º Fórum da Carne Bovina realizado durante a Expodireto Cotrijal, em Não-Me-Toque, na terça-feira, dia 7. O encontro debateu a“Visão contemporânea da pecuária de corte a partir de movimentos estratégicos da cadeia de produção” e trouxe personalidades como palestrantes, entre elas o ex-ministro da Agricultura Roberto Rodrigues.

Ferraudo apresentou um gráfico mostrando a concentração de carbono no planeta e a influência do homem neste ciclo, assim como as  consequências para o aquecimento global. Segundo ele, há distinção entre o mercado regulado e o voluntário. “O regulado é onde existem leis e hoje a grande referência é o mercado europeu, onde já passou de 100 euros a tonelada de crédito de carbono. O mercado voluntário é quando as empresas aderem espontaneamente e hoje já são mais de 4,5 mil integradas”, explicou. O empresário disse ainda que a América Latina detém 25% do potencial para o sequestro de carbono e que a região tem grande capacidade de gerar carbono de qualidade para países que precisam comprar.

O ex-secretário da Agricultura do Estado e diretor da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul, Domingos Velho, lembrou em sua apresentação que na questão da sustentabilidade, o Estado trabalha com "a verdade". Somos sustentáveis, diversificados, produtivos e respeitadores da lei. O Rio Grande do Sul é o maior e melhor exemplo de agricultura, pecuária e silvicultura sustentável e diversificada do mundo”, destacou Lopes, que representou o governo gaúcho na COP 27, no ano passado, onde demonstrou a experiência gaúcha de produção. Lopes ressaltou a oportunidade que vive o Brasil no sentido de contribuir com a mitigação da fome no mundo.“É preciso prestar atenção na informação de que quatro em cada cinco seres humanos viverão em países importadores líquidos de alimentos até 2030, e hoje o Brasil é o maior exportador líquido de alimentos do mundo com 169 milhões de toneladas”, completou.

O Fórum da Carne Bovina, promovido pelo Instituto Desenvolve Pecuária.


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