Rio Grande do Sul registra 11 casos confirmados de cavalos com mormo

Rio Grande do Sul registra 11 casos confirmados de cavalos com mormo

Justiça evita sacrifício de égua com suspeita de mormo, no Norte gaúcho

Samuel Vettori / Rádio Guaíba

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Com mais duas confirmações através de exames nesta sexta-feira, subiu para 11 o número de casos da doença mormo em cavalos no Rio Grande do Sul. Os diagnósticos mais recentes ocorreram em Cruz Alta, no Noroeste gaúcho, e em Rolante, no Vale do Paranhana, onde houve o primeiro registro da doença, em junho. O segundo equino contaminado na cidade teve suposto contato com o animal já sacrificado.

Os outros focos detectados até agora foram os municípios de Santo Antônio das Missões, no Noroeste; Alegrete e Uruguaiana, na Fronteira Oeste; e São Jorge, próximo a Lagoa Vermelha, na região Norte. Quanto a esse último, o proprietário da égua tentou evitar o sacrifício do animal através de liminar concedida pela Justiça, no final da tarde de hoje, até resultado de um segundo exame. A alegação era o alto valor comercial do equino. A Secretaria da Agricultura e Pecuária do Estado ainda não confirmou se houve o sacrifício do animal, antes da decisão liminar.

Ainda conforme a pasta, todas as propriedades rurais com focos de mormo já haviam sido interditadas e passaram por procedimentos sanitários antes da confirmação dos casos. Outras dezenas de locais permanecem sob vigilância por suspeita de mormo. A doença é transmitida através de secreções de animais contaminados e pode infectar humanos, ainda que raramente.

Veja onde foram confirmados focos da doença:

- Rolante: 1 foco com 2 equinos positivos
- Uruguaiana: 1 foco com 1 equino positivo
- Alegrete: 1 foco com 1 equino positivo
- Santo Antônio das Missões: 1 foco com 5 equinos positivos
- São Jorge (animal de Lagoa Vermelha): 1 foco com 1 equino positivo
- Cruz Alta: 1 foco com 1 equino positivo

Justiça evita sacrifício de égua com suspeita de mormo, no Norte gaúcho


A Juíza Greice Prataviera Grazziotin concedeu liminar impedindo o sacrifício de um cavalo com suspeita de Mormo, em Lagoa Vermelha, no Norte gaúcho. A magistrada proibiu que a égua da raça Crioula seja abatida até que se obtenha resultado de exame de sangue requisitado ao Laboratório Lanagro, em Recife (PE). Em caso de descumprimento, foi fixada multa de R$ 5 mil.

Edelmir Rodrigo Bueno, proprietário da égua transportou o animal para o município de São Jorge. No local foi realizado exame preliminar por agentes da Inspetoria Veterinária do Estado. A análise apontou suspeita da doença.

A magistrada considerou que não há certeza acerca da infecção do animal sem o exame de sangue. O valor do animal não foi divulgado, mas na decisão a juíza salienta “alto valor” de comercialização.

Correio do Povo
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