RS completa 21 dias sem registrar mortes de mamíferos marinhos por gripe aviária no litoral

RS completa 21 dias sem registrar mortes de mamíferos marinhos por gripe aviária no litoral

De setembro a dezembro de 2023, mais de 950 leões e lobos- marinhos foram vitimados pela doença

Correio do Povo

Enfermidade mobiliza Serviço Veterinário Oficial do Estado

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As praias do litoral gaúcho completam três semanas sem registrar o aparecimento de mamíferos marinhos mortos em decorrência da gripe aviária. Desde o final de setembro, o Rio Grande do Sul contabilizou mais de 950 leões e lobos marinhos na costa, vítimas da Influenza Aviária de Alta Patologia.

Mesmo assim, o Serviço de Vigilância Oficial (SVO) mantém as orientações aos veranistas e turistas para evitar a disseminação do vírus H5N1. A principal delas é não se aproximar ou tentar socorrer animais feridos, doentes ou mortos.

“Evite circular com cães, gatos ou outros animais domésticos na beira da praia”, recomenda a pasta. Os casos suspeitos devem imediatamente ser notificados à Seapi, pelo WhatsApp (51) 98445-2033, ou para a Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema) - (51) 98593-1288.

De acordo com a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação, em 2023, a vigilância passiva recebeu 243 notificações de casos suspeitos, com colheita de amostras em 66 ocorrências, das quais cinco foram confirmadas.

Nenhum dos casos são de aves de produção, o que mantém o status sanitário do Estado e do país de livre da doença. No período, o SVO contabiliza 7.156 ações de vigilância ativa para a enfermidade, com estimativa de 7,22 milhões de aves observadas, e 4.857 ações de educação sanitária realizadas, com alcance de 3 milhões de pessoas.

“Seguimos com as atividades de vigilância observacional em aves de subsistência, granjas avícolas e locais de aglomeração de aves silvestres, além de fiscalizações de biosseguridade em granjas avícolas comerciais e atendimentos de notificações de casos suspeitos”, informa a coordenadora do Programa Estadual de Sanidade Avícola da Seapi), Ananda Kowalski.

A influenza aviária afeta principalmente aves, mas, além dos mamíferos aquáticos, pode atingir cães, gatos e seres humanos que tenham contato direto com animais infectados.


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