Setor leiteiro pleiteia seguro rural

Setor leiteiro pleiteia seguro rural

Pedido será encaminhado ao governo federal com vistas ao Plano Safra anunciado em junho

Patrícia Feiten

Representantes da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Leite e Derivados estiveram reunidos nesta sexta-feira (19/5) durante a 17ª Fenasul e 44ª Expoleite no Parque de Exposições Assis Brasil em Esteio

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A Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Leite e Derivados do Rio Grande do Sul enviará um ofício para os ministérios da Agricultura (Mapa), do Desenvolvimento Agrário (MDA) e do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic) com reivindicações do setor para o próximo Plano Safra. A decisão partiu de reunião realzalizada ontem, durante a Fenasul/Expoleite, que se realiza até domingo em Esteio. 

Uma das reivindicações é a a criação de uma modalidade de seguro para a atividade no âmbito do Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) e do Seguro Rural. “Hoje, não tem nenhum mitigador de risco para a produção de leite, nem seguro, nem Proagro”, afirma o coordenador da Câmara e vice-presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag-RS), Eugênio Zanetti.

Foto: Divulgação CNA / CP.

Outra reivindicação é o rebate de 30% no teto de renda permitido para enquadramento no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). “A renda bruta para o produtor de leite é de R$ 500 mil e, com este rebate, os que tem renda bruta um pouco acima deste valor poderiam se enquadrados”, explica.

A Câmara Setorial também enviará um documento para o Parlamento do Mercosul (Parlasul) para alertar sobre os prejuízos causados pelas importações uruguaias e argentinas à indústria láctea nacional. “No acumulado entre janeiro e abril, o leite em pó integral subiu de 9 mil quilos importados, em 2022, para 47 mil kg neste ano”, informa o Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat/RS). De acordo com estudo apresentado pelo sindicato na reunião, a situação é favorecida pelos incentivos que os governos da Argentina e do Uruguai dão aos produtores. 


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