Taim registra mais três mortes de cisnes-de-pescoço-preto

Taim registra mais três mortes de cisnes-de-pescoço-preto

A área foi confirmada como foco de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) na última segunda-feira (29)

Thaise Teixeira

Os animais foram encontrados no sentido Norte da Lagoa da Mangueira

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A Estação Ecológica do Taim (ESEC) registrou, nesta terça-feira (30), mais três mortes de cisnes-de-pescoço-preto. Os animais foram encontrados no sentido Norte da Lagoa da Mangueira, em Santa Vitória do Palmar. Com isso, sobe para 63 o número de óbitos de aves silvestres encontradas no parque desde 24 de maio. 

A área foi confirmada como foco de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) na última segunda-feira (29), pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), quando um cisne da mesma espécie testou positivo para a cepa H5N1. “Após a detecção do foco, não se coleta amostras da mesma espécie para exames, apenas os animais mortos são retirados da água e incinerados para evitar a contaminação de outras aves. Só serão coletadas novas amostras se forem identificadas mortes de animais de espécies diferentes, como de outras aves”, explica o chefe da ESEC, Fernando Weber. 

A reserva, interditada preventivamente pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) segue fechada. De acordo com a diretora do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal (DDA) da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), Rosane Collares, os técnicos do Serviço Veterinário Oficial (SVO) também se dedicam ao trabalho intensivo de rastreio das casas localizadas no entorno da lagoa, de visitação, de educação sanitária e de inspeção clínica nas residências. As ações devem se estender por 15 dias após o fim dos óbitos.

O metalúrgico Daniel Anderson da Silva é um dos moradores que recebeu os veterinários ontem. “Eu tinha nove galinhas e seis delas morreram em pouco tempo”, observa. O caso, explica Rosane, foi considerado não fundamentado para H5N1. “Galinhas morrem de muitas coisas, por erro de manejo, atropelamento, botulismo, salmonela”, cita Rosane.

As equipes da Seapi também foram recebidas por um posto de gasolina local. Filho do proprietário do estabelecimento, localizado a 6 quilômetros da ESEC, Gabriel Barros relata que as equipes colaram um cartaz, com esclarecimentos no local. “Ficamos preocupados que a doença comece a espalhar para as pessoas. Eles (técnicos) vieram orientar e esclarecer as dúvidas”, relata Barros.


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