Até a tarde desta quinta-feira, o Brasil contabilizava 59 notificações relacionadas à intoxicação por metanol, conforme detalhado pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, em coletiva de imprensa.
Dentre as 59 notificações, 11 já tiveram a detecção laboratorial da presença de metanol. A distribuição dos registros por estado é a seguinte:
- São Paulo: 53 notificações
- Pernambuco: 5 notificações
- Distrito Federal: 1 notificação
Medidas de suporte a acesso a tratamento
O ministro Padilha também anunciou medidas para garantir o tratamento, informando que foi criado um estoque de etanol farmacêutico nos hospitais universitários federais.
Além disso, o Ministério está adquirindo mais 4,3 mil ampolas para disponibilizá-las a "qualquer estado, qualquer centro de referência, qualquer unidade de saúde que não tenha esse etanol farmacêutico”.
Segundo Padilha, embora muitos estados já possuam o produto, aqueles que não tiverem podem acionar imediatamente esses estoques concentrados nos hospitais universitários.
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O Ministério também está orientando gestores municipais e estaduais sobre como acessar o etanol farmacêutico. A Anvisa identificou no país 604 farmácias que já produzem o insumo.
Mortes
Mortes por metanol
- Uma morte foi confirmada por intoxicação por metanol após consumo de bebida adulterada (com laudo e confirmação de ingestão de bebida adulterada) - um homem de 54 anos residente na capital paulista
- Cinco mortes estão sob investigação (sem laudo e sob investigação das circunstâncias) - três na cidade de São Paulo (homens de 45, 50 e 70 anos) e duas em São Bernardo do Campo (dois homens de 49 e 58 anos de idade).
RS sem notificações de metanol até o momento
Em meio as investigações no estado de São Paulo e em Pernambuco envolvendo intoxicação por metanol após o consumo de bebidas alcóolicas, o Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS), por meio da Secretaria Estadual de Saúde (SES) do Rio Grande do Sul, disse nesta quinta-feira que “não há registro, no Estado, de notificação de intoxicação exógena pelo metanol em bebidas alcoólicas”. O órgão afirma que nunca houve registro desse tipo de intoxicação no território gaúcho.