Batalha de startups, apresentação de tecnologias hospitalares, workshops e palestras foram o destaque do segundo dia da terceira edição do Health Meeting Brasil, considerada a maior feira internacional de saúde da região Sul do Brasil. O evento, que teve sua abertura na noite desta terça-feira, tem curadoria científicaa com Sindicato dos Hospitais e Clínicas de Porto Alegre (Sindihospa) e ocorre até esta quinta-feira no Centro de Eventos da PUCRS.
O CEO da Health Meeting, Gilmar Dalla Roza, afirmou que a visitação do primeiro dia foi maior do que o esperado, e que o segundo dia de evento promete ser ser o pico. O CEO lembrou que o número de visitantes de ontem foi o mesmo dos três dias da primeira edição. "É um sinal de que a comunidade entendeu que o Rio Grande Sul precisava de um evento para fazer essa conexão da universidade, da escola de medicina com empresas, com asa startups. Uma startup produzindo a a as suas ideias é uma coisa. Ela estando junto com a grande empresa que vai ser a financiadora, é outro momento".
Na abertura do evento, ele destacou como a feira tornou-se um ponto de convergência para os profissionais que atuam na área da saúde. "Hoje nós temos os principais hospitais com stand aqui dentro da feira. Isso tudo forma um cluster, que a tendência é só crescer. Mesmo que as empresas que no dia a dia sejam concorrentes, aqui elas criam conexões para potencializar os seus negócios", afirmou.
Equipamentos de tecnologia para cirurgias e exames por imagem
Entre os destaques da feira, está o Hospital do Amanhã, parceria do Hospital de Clínicas de Porto Alegre com a Health Meeting e uma empresa de arquitetura. "É uma proposta de trazer um pouco das novas tecnologias, o que a gente espera em termos de área da saúde, do contexto do ensino, da pesquisa, que é a nossa vocação enquanto hospital público", explica Luciane Camilo, assessora do Hospital de Clínicas e uma das responsáveis pela apresentação dos sistemas.
Health Meeting - segundo dia
| Foto: Pedro Piegas
Pela manhã, o que mais chamou a atenção dos presentes foi a simulação da utilização da ablação, procedimento que destrói tecidos anormais do corpo, para um paciente com tumor no fígado. Foi utilizado um fígado de boi para o procedimento. Na estrutura desse hospital, há um ambiente cirúrgico com área de planejamento por meio da impressora 3D. A tecnologia é utilizada principalmente pelo buco-maxilo-facial, para reconstrução da face em casos de acidente ou em casos de câncer. Também, o sistema de imagens médicas relativo aos processos de radiologia, ressonância e tomografia.
Na sala cirúrgica, há equipamentos de tecnologia, como o ecmo, suporte que funciona como coração e pulmão artificiais para pacientes com insuficiência cardíaca ou pulmonar, utilizado durante a pandemia, e um processo de simulação da cirurgia robótica, também utilizada pelo Hospital de Clínicas. "A gente torna as cirurgias mais assertivas, mais seguras, então traz todo um processo de qualidade e segurança para o paciente que faz a cirurgia", diz Luciane. Há, também, uma sala de recuperação com tecnologia de monitorização de pacientes, integrada nos sistemas de gestão.
Sistema Fiergs promove workshops e palestras
O Sistema Fiergs participa pela primeira vez da feira, com programação voltada a demonstrações de projetos, palestras e workshops. Um estande apresenta durante os três dias de evento projetos e iniciativas do Serviço Social da Indústria (Sesi-RS), do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai-RS) e do Instituto Euvaldo Lodi (IEL-RS), na área da saúde.
Nesta quarta-feira, o workshop Saúde em Pauta foi voltado a profissionais de pequenas indústrias de startups que expõem na feira para identificar os desafios e oportunidades em relação à saúde no mundo do trabalho. A iniciativa já aconteceu em unidades do Sesi pelo interior do Estado e em alguns eventos.
“Nosso trabalho é entender que o mundo do trabalho está mudando por vários efeitos, da carga das doenças crônicas, a própria transição demográfica, que as pessoas estão vivendo mais e têm mais tempo dedicados ao trabalho, com pessoas 65+ no ambiente de trabalho. Ao mesmo tempo, a gente também tem essa carga da saúde mental no trabalho, seja positiva, que as pessoas sabem mais e estão buscando mais informações, seja o afastamento pelas dificuldades que a saúde mental tem trazido”, explica Fernando Rosa, coordenador de inovação de saúde do Sesi RS. O objetivo da atividade foi, então, ouvir das empresas como elas sentem na prática os desafios e as oportunidades.
Health Meeting - segundo dia
