Condições atmosféricas desfavoráveis e a chegada da primavera geram preocupação nas emergências
Nesta segunda-feira, a lotação na emergência adulta da Capital estava em 188% da capacidade, enquanto a emergência pediátrica estava a 123%

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A poluição atmosférica causada pelas queimadas tem contribuído para o aumento da lotação nas emergências de Porto Alegre. Embora a recente mudança no tempo, com episódios de chuva, tenha reduzido um pouco a demanda nas emergências em comparação com o início da semana passada, as condições atmosféricas ainda são desfavoráveis e a chegada da primavera gera preocupações adicionais.
Nesta segunda-feira, a lotação na emergência adulta da Capital estava em 188% da capacidade, enquanto a emergência pediátrica estava a 123%. Na segunda-feira anterior, a lotação da emergência adulta havia atingido 241%, e a pediátrica estava em 126%.
O diretor de atenção hospitalar e urgências da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Favio Telis, observa que o aumento de casos respiratórios crônicos e alérgicos é comum nesta época do ano. E orienta uma atenção maior das pessoas que já têm essas doenças respiratória.
Ele recomenda que a população busque atendimento nas unidades de saúde para evitar a aglomeração nas emergências, o que pode agravar os quadros clínicos.
Telis também destaca a necessidade de fortalecer as unidades de saúde nos municípios mais afastados, uma vez que muitos dos pacientes das emergências na Capital vem de outro município. "Porto Alegre não tem capacidade para atender toda a população do estado", afirma Telis.
Diante das previsões de que as condições atmosféricas possam piorar, ele recomenda que, devido à permanência da fumaça das queimadas, as pessoas aumentem a ingestão de água, hidratem as vias aéreas com soro, mantenham o ar umidificado e usem vaporizadores. Além disso, sugere o uso de máscaras ao sair de casa e manter portas e janelas fechadas para reduzir a entrada da poluição no ambiente.
A Secretaria Estadual da Saúde acompanha as síndromes respiratórias agudas graves (SRAG) em pacientes que precisam de hospitalização. Neste ano já foram 11.836 internações por SRAG, sendo que 3.022 são casos que utilizaram de UTI. O número de óbitos chegou a 982.