O município de Cruzeiro do Sul iniciou a distribuição do larvicida BTi, utilizado no controle do borrachudo (Simulídeo). A ação integra o programa municipal de combate ao inseto, que é conduzido de forma conjunta pelas secretarias municipais da Saúde e da Agricultura e Meio Ambiente. Diferente de alguns municípios que aderem ao programa estadual, Cruzeiro do Sul optou por realizar a compra direta do produto, a exemplo do que já ocorreu em anos anteriores.
Nesta edição, a Secretaria Municipal da Saúde foi responsável pelo fracionamento e pela distribuição do larvicida, com o apoio da Secretaria Municipal da Agricultura e Meio Ambiente para a entrega aos aplicadores. No entanto, em razão das chuvas e da elevada umidade dos últimos dias, será necessário aguardar períodos de tempo seco e ensolarado para a aplicação, que deve ser feita simultaneamente por todos os aplicadores.
O cronograma será definido em conjunto com o Departamento de Meio Ambiente. As equipes encarregadas da aplicação estão devidamente treinadas e orientadas, e o trabalho ocorrerá em duas etapas, abrangendo diversos pontos do município para garantir maior eficácia no combate às larvas. Em função da enchente que atingiu o município, alguns dados cadastrais dos aplicadores foram perdidos. Por isso, a Secretaria Municipal da Saúde solicita que quem fazia parte do grupo de aplicadores e não foi contatado entre em contato pelo telefone (51) 3764-3072, solicitando pela Vigilância Epidemiológica.
O BTi (Bacillus thuringiensis israelensis) é um larvicida biológico, composto por cristais proteicos e esporos que, ao serem aplicados na água, são ingeridos pelas larvas dos insetos, causando sua morte em até 24 horas após a aplicação. O método é considerado seguro e ambientalmente sustentável, pois atua de forma específica sobre as larvas do borrachudo, sem causar prejuízos a outros organismos aquáticos.
Caso confirmado de chikungunya
A Secretaria Municipal da Saúde de Cruzeiro do Sul acende um alerta à população após a confirmação do primeiro caso autóctone de chikungunya na região, registrado em Lajeado. A enferma é uma jovem de 22 anos, e a confirmação foi divulgada pela 16ª Coordenadoria Regional de Saúde (16ª CRS), sediada no município vizinho.
Embora Cruzeiro do Sul não tenha casos confirmados da doença, a secretaria demonstra preocupação com a proximidade geográfica e reforça a importância das medidas de prevenção, especialmente com a chegada do período mais quente do ano, que costuma ser acompanhado por maior incidência de chuvas — cenário propício à proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da chikungunya, dengue e zika.
A Vigilância Epidemiológica alerta que os sintomas da chikungunya são semelhantes aos da dengue, mas a principal diferença está na dor intensa e no inchaço das articulações, que podem persistir por semanas ou até meses. Febre alta, dor de cabeça, náuseas e manchas pelo corpo também podem ocorrer.
Entre as medidas de prevenção, a população deve: eliminar focos de água parada em residências e locais de trabalho; usar repelentes e roupas que cubram braços e pernas; instalar telas em portas e janelas; evitar o acúmulo de lixo e entulhos; procurar atendimento médico em caso de sintomas suspeitos e evitar automedicação.
A 16ª CRS reforça que a colaboração da comunidade é essencial para conter a propagação do mosquito e prevenir novos casos. A Secretaria Municipal de Saúde de Cruzeiro do Sul mantém a vigilância ativa e ações de controle vetorial, pedindo à população que redobre os cuidados neste período de maior risco.