Homenagens marcam solenidade dos 140 anos do Hospital Psiquiátrico São Pedro
Espaço de acolhimento é referência para 88 municípios e cerca de cinco milhões de gaúchos
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Muitas homenagens marcaram nesta quinta-feira a celebração dos 140 anos do Hospital Psiquiátrico São Pedro, o primeiro da Capital, e referência para 88 municípios, contabilizando cerca de cinco milhões de pessoas. Autoridades estiveram presentes em uma solenidade alusiva à data no local, como o governador Eduardo Leite, a secretária estadual da Saúde, Arita Bergmann e o titular da Secretaria Municipal de Saúde, Fernando Ritter, além de médicos e outros profissionais do histórico espaço.
Transformado ao longo das décadas em espaço de acolhimento e, mais recentemente, em museu, o São Pedro, que chegou a abrigar em determinado momento até cinco mil moradores e é mantido pela Secretaria Estadual de Saúde (SES), iniciou sua trajetória, no bairro Partenon, denominado como hospício, assumindo a atual identidade em 1961. A cerimônia de hoje também homenageou antigos funcionários e pessoas que marcaram a história da instituição psiquiátrica.
“Se pudessem falar, as paredes deste local contariam parte importante da História da medicina, certamente, assim como da saúde mental e da psiquiatria. Tudo isto é um exemplo para nós que não pode ser esquecido, e que ainda precisa ser o impulso para as novas ações futuras. Após esta tragédia climática, a saúde mental é colocada à prova, e precisa cada vez mais de investimentos”, comentou Ritter.
“Eis aqui uma luta muito justa, que olha para o ser humano e na diversidade que temos como humanidade, nos seres humanos com suas complexidades, buscando ajudar com que a vida das pessoas que especialmente precisa de atenção possa ser mais digna”, afirmou o governador. Arita, por sua vez, agradeceu a dedicação de todos e convidou ao palco da cerimônia alguns profissionais atuantes no São Pedro, para que pudessem dar seus depoimentos.
Para o vice-presidente do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), o psiquiatra Fernando Uberti, a assistência a esta área após as enchentes deve ser priorizada. “Entregamos uma carta ao governador no sentido de nos preocuparmos com o atual cenário. Instituímos um grupo de trabalho com representantes do governo e entidades representativas da medicina e psiquiatria gaúcha, para atuarmos na formulação de novas e mais qualificadas políticas públicas”, salientou ele. O presidente da entidade, Marcos Rovinski, também esteve presente no evento.