Ocupação de emergências pediátricas apresenta melhora após superlotação em Porto Alegre

Ocupação de emergências pediátricas apresenta melhora após superlotação em Porto Alegre

Nesta sexta-feira, 73% dos leitos estavam ocupados e três pacientes aguardavam atendimento

Correio do Povo

Nesta sexta-feira, 73% dos leitos estavam ocupados e três pacientes aguardavam atendimento

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A lotação das emergências pediátricas reduziu em Porto Alegre nesta sexta-feira, duas semanas após uma superlotação – com seis delas chegando a apresentar índices no limite ou acima da capacidade. A situação da época fez o governo estadual declarar estado de emergência em saúde pública em todo Rio Grande do Sul. Na tarde desta sexta-feira, de acordo com os dados da Secretaria Municipal de Saúde, as emergências têm 76% dos leitos ocupados, a menor ocupação desde maio deste ano. Mesmo assim, três pacientes aguardam atendimento. Em 7 de julho, a ocupação média era de 139,39%.

Na tarde de hoje, o Hospital da Restinga e Extremo Sul (HRES) estava com 41% de ocupação, com cinco pacientes internados, enquanto a Associação Hospitalar Vila Nova (HVN) registrava 90%. Já o Hospital Materno Infantil Presidente Vargas (HIMPV), que conta com 18 leitos emergenciais, estava com 13 crianças internadas, o que representa 72% de ocupação total.

O secretário municipal de saúde, Fernando Ritter, atribui a redução do índice a diversos fatores, dentre eles a ampliação da cobertura vacinal do público infantojuvenil. Segundo ele, as equipes de saúde aplicaram, desde junho, cerca de 20 mil doses de vacinas em crianças e adolescentes. “No começo de junho, apenas 15% desse público havia se vacinado contra a gripe, por exemplo. Ao ampliar a vacinação, estamos fazendo uma busca ativa desse público e queremos atingir o maior número de crianças e adolescentes vacinadas em consonância com a política nacional de imunização.”

As emergências dos Hospitais de Clínicas de Porto Alegre, Nossa Senhora da Conceição e da Criança Santo Antônio atingiram, respectivamente 188%, 100% e 118% da ocupação dos leitos. “São hospitais com característica de alta complexidade com grande número de pacientes vinculados ao serviço, que necessitam de internações frequentes, o que mantém, independente da estação do ano, elevada taxa de ocupação de leitos”, explica a diretora-geral de regulação ambulatorial, Denise Tessler Soltof.

O Pronto Atendimento Cruzeiro do Sul estava com ocupação 11%, enquanto os PAs da Lomba do Pinheiro e da Bom Jesus contavam, respectivamente, com um e dois pacientes que aguardavam por atendimento, com espera prevista de 15 minutos. A Capital registrava, ainda, 210 crianças de 0 a 12 anos internadas em enfermarias pediátricas por causas respiratórias nesta sexta-feira, conforme dados da Central de Regulação de Leitos da SMS. Desse total, 65% são de Porto Alegre e 35% do interior. Em Unidades de Terapia Intensiva Pediátricas (UTIPs), dez estavam internados, sendo 90% do interior.

Outro fator que o governo municipal atribuiu à redução do índice de internações é a abertura de novos leitos de UTI Pediátrica. Ao todo foram 22 leitos,  quatro no HMIPV, oito no GHC e dez no HVL. Também houve a abertura de 35 leitos clínicos pediátricos – dez no HRES, 20 no HVN e cinco no HMIPV.


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