Secretaria de Saúde descarta alerta para HMPV no RS, mas mantém monitoramento

Secretaria de Saúde descarta alerta para HMPV no RS, mas mantém monitoramento

Pasta afirma que vírus que avança na China já é conhecido, pois está em circulação desde 2004 no RS

Guilherme Sperafico

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Diante do aumento de casos de Metapneumovírus (HMPV) na China, a Secretaria Estadual da Saúde do Rio Grande do Sul (SES/RS) afirmou que acompanha a circulação global do vírus e reforçou que a situação não demanda preocupação no momento. O HMPV, identificado no Brasil pela primeira vez em 2004, é um agente já conhecido por causar síndromes gripais leves, embora possa evoluir para quadros graves em casos específicos.

A SES/RS explicou que a circulação do vírus está dentro do esperado no Hemisfério Norte para o período de inverno. “As autoridades chinesas não declararam emergência, e a ocupação hospitalar no país está abaixo do registrado no mesmo período do ano passado”, informou a Pasta, em resposta a questionamentos enviados pelo Correio do Povo. Além disso, explicou que o aumento recente de casos seria atribuído à sazonalidade típica do inverno, semelhante ao que ocorre no Brasil durante os meses mais frios.

No Rio Grande do Sul, as ações de vigilância e monitoramento de vírus respiratórios ocorrem durante todo o ano, com maior intensidade no inverno, quando há elevação no número de casos. De acordo com a Secretaria, esses esforços visam antecipar alterações nos padrões de circulação dos vírus e prevenir sobrecargas no sistema de saúde.

Os hábitos associados ao frio, como permanência em locais fechados e pouca ventilação, além da baixa umidade do ar, são fatores que favorecem a transmissão de doenças respiratórias no estado. A maior parte das síndromes gripais são leves, mas grupos prioritários, como crianças pequenas, idosos e pessoas com comorbidades, devem redobrar os cuidados.

Até o momento, informações sobre a circulação do HMPV na China, bem como recomendações do Ministério da Saúde e da Organização Mundial da Saúde, já foram repassadas às secretarias municipais e hospitais do Estado. Caso haja novas atualizações, essas serão divulgadas prontamente.

O Metapneumovírus, embora menos conhecido do que outros agentes respiratórios como a influenza e o vírus sincicial respiratório (VSR), não é considerado uma ameaça nova. Ele não se compara, conforme a SES/RS, ao SARS-CoV-2, que causou a pandemia de 2020 (Covid-19), por se tratar de um vírus já estudado e com características conhecidas.

A Secretaria reforçou que as medidas preventivas permanecem as mesmas recomendadas para qualquer vírus respiratório: higienizar as mãos frequentemente, cobrir a boca e o nariz ao tossir ou espirrar, evitar tocar o rosto e manter ambientes ventilados. O uso de máscaras em caso de sintomas gripais e a vacinação contra Covid-19 e influenza também são importantes, especialmente para grupos mais vulneráveis.


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