Secretaria de Saúde descarta alerta para HMPV no RS, mas mantém monitoramento
Pasta afirma que vírus que avança na China já é conhecido, pois está em circulação desde 2004 no RS
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Diante do aumento de casos de Metapneumovírus (HMPV) na China, a Secretaria Estadual da Saúde do Rio Grande do Sul (SES/RS) afirmou que acompanha a circulação global do vírus e reforçou que a situação não demanda preocupação no momento. O HMPV, identificado no Brasil pela primeira vez em 2004, é um agente já conhecido por causar síndromes gripais leves, embora possa evoluir para quadros graves em casos específicos.
A SES/RS explicou que a circulação do vírus está dentro do esperado no Hemisfério Norte para o período de inverno. “As autoridades chinesas não declararam emergência, e a ocupação hospitalar no país está abaixo do registrado no mesmo período do ano passado”, informou a Pasta, em resposta a questionamentos enviados pelo Correio do Povo. Além disso, explicou que o aumento recente de casos seria atribuído à sazonalidade típica do inverno, semelhante ao que ocorre no Brasil durante os meses mais frios.
No Rio Grande do Sul, as ações de vigilância e monitoramento de vírus respiratórios ocorrem durante todo o ano, com maior intensidade no inverno, quando há elevação no número de casos. De acordo com a Secretaria, esses esforços visam antecipar alterações nos padrões de circulação dos vírus e prevenir sobrecargas no sistema de saúde.
Os hábitos associados ao frio, como permanência em locais fechados e pouca ventilação, além da baixa umidade do ar, são fatores que favorecem a transmissão de doenças respiratórias no estado. A maior parte das síndromes gripais são leves, mas grupos prioritários, como crianças pequenas, idosos e pessoas com comorbidades, devem redobrar os cuidados.
Até o momento, informações sobre a circulação do HMPV na China, bem como recomendações do Ministério da Saúde e da Organização Mundial da Saúde, já foram repassadas às secretarias municipais e hospitais do Estado. Caso haja novas atualizações, essas serão divulgadas prontamente.
O Metapneumovírus, embora menos conhecido do que outros agentes respiratórios como a influenza e o vírus sincicial respiratório (VSR), não é considerado uma ameaça nova. Ele não se compara, conforme a SES/RS, ao SARS-CoV-2, que causou a pandemia de 2020 (Covid-19), por se tratar de um vírus já estudado e com características conhecidas.
A Secretaria reforçou que as medidas preventivas permanecem as mesmas recomendadas para qualquer vírus respiratório: higienizar as mãos frequentemente, cobrir a boca e o nariz ao tossir ou espirrar, evitar tocar o rosto e manter ambientes ventilados. O uso de máscaras em caso de sintomas gripais e a vacinação contra Covid-19 e influenza também são importantes, especialmente para grupos mais vulneráveis.