Trabalhadores da saúde que atuam nos 3 hospitais de Canoas protestam por salários em dia e férias
Segundo o Sindisaúde-RS, há casos de desligamentos e demissões em que as verbas rescisórias não foram depositadas

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Cerca de 200 trabalhadores da saúde que atuam nos Hospitais Universitário (HU), Nossa Senhora das Graças e no Hospital de Pronto Socorro de Canoas realizaram um protesto na manhã desta quarta-feira em frente ao prédio da prefeitura de Canoas reivindicando salários em dia e criticando o não oferecimento de férias, FGTS sem depósito e piso da enfermagem não pago. Há também casos de desligamentos e demissões em que as verbas rescisórias não foram depositadas.
O presidente do Sindisaúde-RS, Júlio Jesien, que acompanhou o ato, comentou que há trabalhadores há três anos sem férias e que profissionais do HU estão sem receber a última parcela do 13º salário e também o piso da enfermagem, liberado pelo governo. "Para mim, isso é crime. Trata-se de apropriação indébita." Segundo Jesien, recentemente representantes do Sindicato se reuniram com servidores da Secretaria da Saúde para discutir os principais problemas do setor.
"Nesta quarta, em agenda com o prefeito Airton Souza, conseguimos criar uma comissão e nomear representantes, através de portaria, para acompanhar a situação. Vereadores também estiveram presentes e se comprometeram de criar uma segunda comissão para fiscalizar o que, de fato, anda acontecendo dentro dos hospitais." Segundo o presidente do Sindicato, a nova gestão mostra abertura de diálogo e avanço político.
A Prefeitura de Canoas informou que o prefeito Airton Souza conversou com todos os manifestantes em frente ao Paço Municipal e recebeu uma comitiva de 20 representantes dos trabalhadores para ouvi-los e apresentar a eles as medidas que a administração está tomando. A Prefeitura reitera que efetuou a transferência integral, para as empresas gestoras, de todos os valores referentes à folha de pagamento dos trabalhadores dos três hospitais que atuam no município em 7 de março.
A administração está averiguando o motivo destes valores não terem sido repassados pela empresa gestora aos funcionários do Hospital de Pronto-Socorro. Na reunião foi acolhido o principal pedido do Sindisaúde, que diz respeito a criação de uma comissão, formada por funcionários representantes dos hospitais Nossa Senhora das Graças, Pronto-Socorro e Universitário, Centro de Atendimento Psicossocial (Caps) e Serviço Municipal de Atendimento de Urgência (Samu), para fazer o acompanhamento regular das questões da saúde junto à prefeitura. Os nomes dos integrantes da comissão serão indicados pelos próprios funcionários, em articulação com o Sindisaúde. Após a confirmação, pelo sindicato, dos nomes indicados para comporem o grupo, a administração publicará o decreto criando a comissão.