Vacinação contra a gripe segue no Rio Grande do Sul enquanto houver doses disponíveis

Vacinação contra a gripe segue no Rio Grande do Sul enquanto houver doses disponíveis

Campanha de vacinação encerra nesta quarta-feira (31)

Correio do Povo

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A Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe Influenza encerra oficialmente nesta quarta-feira (31). Contudo, os municípios seguirão aplicando as vacinas, agora aberta a todas as pessoas acima dos seis meses de idade, enquanto houver doses. Cerca de 2,4 milhões de pessoas já se vacinaram no Estado este ano.

Até o momento, os grupos prioritários de maior risco em caso de contágio com o vírus apresentam cobertura de 44,6%. Esse cálculo leva em conta os públicos das crianças (maiores de seis meses e menores de seis anos), gestantes, puérperas, trabalhadores da saúde e professores.

As doses recebidas pelo Estado para a campanha foram calculadas com base nas estimativas populacionais dos diversos grupos prioritários elegíveis. No Rio Grande do Sul, isso foi dimensionado em cerca de 5 milhões de pessoas. As doses que estão sendo utilizadas para a vacinação do público geral são as que não foram usadas pelos grupos de risco, embora ainda siga a recomendação para que esses continuem procurando os postos para a imunização.

Vacinação contra a gripe influenza no RS em 2023 até 30/05

Grupo Prioritário — Total de doses aplicadas — Cobertura vacinal (%)

  • Crianças maiores de 6 meses e menores de 6 anos: 196.204 - 25,33%
  • Idosos: 1.139.903 - 51,37%
  • Gestantes: 31.539 - 33,86%
  • Puérperas: 5.937 - 39,34%
  • Povos Indígenas: 17.244 - 49,54%
  • Professores: 67.444 - 43,97%
  • Trabalhadores de Saúde: 167.532 - 46,38%
  • Outros grupos sem comorbidades: 435.191
  • Pessoas com deficiência permanente: 14.108
  • Caminhoneiros: 10.006
  • Forças Armadas (membros ativos) 7.451
  • Trabalhadores de Transporte: 7.311
  • Forças de Segurança e Salvamento: 7.066
  • Trabalhadores Portuários: 823
  • Funcionário do Sistema de Privação de Liberdade: 2.842
  • População Privada de Liberdade: 20.214
  • Adolescentes e jovens em medidas socioeducativas: 878
  • Comorbidades: 261.101

Total de doses aplicadas: 2.392.794

Dados por município podem ser conferidos no Painel do Ministério da Saúde

Hospitalizações e óbitos por gripe influenza em 2023

Até o momento, já foram registradas no RS este ano 526 casos de pessoas que precisaram se hospitalizar por quadro de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) causado pela influenza. Desses, 38% foram em idosos (199 casos) e 20% em crianças menores de quatro anos (110 casos). Já houve confirmação de 39 óbitos, 59% deles (23) de idosos. 

Predominância de H1N1 acende alerta

A vacina trivalente contra o vírus influenza continua sendo a melhor alternativa para evitar formas graves da infecção. Popularmente conhecida como “vacina da gripe”, o imunizante contém anticorpos que estimulam a proteção a três cepas principais: A-H1N1, A-H2N3 e B.

Como neste ano a cepa predominante é a H1N1 – a mesma que originou a epidemia de gripe em 2009 – o temor é que, com poucas pessoas vacinadas, a tendência seja de altos números de infecções e agravamentos da doença. “A cepa H1N1 historicamente causa mais prejuízos à saúde em comparação aos outros subtipos de influenza. A vacina é disponibilizada antes do inverno justamente para garantir que as pessoas estejam imunizadas quando entrarem em contato com o vírus este ano”, explica a enfermeira do Núcleo de Doenças Respiratórias do Centro Estadual de Vigilância Sanitária (Cevs), Letícia Martins.


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