Estudo, alta abstenção, a virtude

Estudo, alta abstenção, a virtude

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Landro Oviedo

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Estudo

A ciência confirma o que há muito já se desconfiava: manter-se fisicamente ativo é essencial não apenas para o corpo, mas também para a mente. Um estudo recente da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) revelou que a musculação, além de fortalecer músculos e ossos, pode ser uma poderosa aliada contra o declínio cognitivo em idosos, atuando diretamente na proteção do cérebro. A lógica é simples: fortalecer o corpo fortalece a mente. O estudo indica que a prática regular de musculação pode retardar, e até mesmo reverter, os danos causados pelo envelhecimento cerebral. Enquanto novos medicamentos para tratar demências chegam ao mercado com custos altíssimos, um protocolo acessível e comprovadamente eficaz está ao alcance de todos – basta ter disciplina e determinação. A musculação, que antes era vista apenas como um meio de melhorar a estética e a força física, agora se consolida como uma estratégia essencial na prevenção de doenças neurodegenerativas. O caminho se torna claro. Para quem deseja envelhecer com qualidade de vida, manter-se ativo não é uma opção – é uma necessidade.
Gregório José, Muriaé (MG), via e-mail

Alta abstenção

Por que os eleitores mais esclarecidos não acreditam em nossa democracia, que faz de conta que debate e vota projetos de interesses sociais? O Congresso trabalha quatro ou cinco dias por semana. Os outros poderes deveriam estar preocupados com a qualidade de vida do povo brasileiro e com interesse em acabar com a corrupção e bandidagem nos quatro cantos do país. A Justiça brasileira, que julga conforme os códigos criminais e civis feitos pelos políticos do congresso, tem aumentado a impunidade e estimulado assaltos, roubos, assassinatos, estupros, corrupção por falta de penas mais severas pelo excesso de liminares e arquivamentos de processos que libertaram bandidos, traficantes e políticos de crimes confessos e acabou com a Lava Jato, que recuperou vários bilhões roubados no Mensalão, Petrolão e dezenas de escândalos em obras superfaturadas, iniciadas e não terminadas, e o enriquecimento ilícito escandaloso de muitas autoridades e políticos e seus familiares. Aí tem uma sequência de fatores para o descrédito de eleições. Eleger para quê? Para que se arrumem e façam carreira política e garantam os privilégios para suas famílias? Provem o contrário, reduzam o número de partidos, de parlamentares. Parem de gastar dinheiro público desnecessariamente em vantagens pessoais e votem os projetos que estão engavetados há muitos anos, que precisam de quórum e boa vontade, conhecimento de causa para votar com consciência e responsabilidades. Dessa forma, garanto que a maioria que se absteve voltará às urnas para justificar a democracia e a Justiça mais cara do mundo.
Ramiro Nunes de Almeida Filho, Porto Alegre, via e-mail

A virtude

O presidente Lula cometeu a infelicidade de, ao dar posse a mais uma mulher no ministério, elogiar a beleza de Gleisi Hoffmann. Foi o que bastou para ser tachado de machista, misógino, etc. Por sua vez, a ministra foi alvo das maiores baixarias ditas por bolsonaristas cínicos no Congresso. Desde quando elogiar a beleza de uma mulher é ofensivo? A maldade está nas cabeças e na má-fé dos oportunistas hipócritas sempre à espreita para atacá-lo. Coube à “ofendida” lembrar que foi ele o líder que mais empoderou as mulheres ao eleger a primeira mulher presidenta do Brasil, a primeira presidenta do PT, seu único partido, e quem mais nomeou mulheres para cargos de comando das estatais. A virtude está no exemplo mais do que nas palavras. Sempre.
José Carlos Morsch, Porto Alegre, via e-mail


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