Relegadas, sobre o IR I e II, oferta e procura e pirâmide nutricional

Relegadas

Muito oportuna a carta de Maria Alice Pitta (CP, 14/3). As velhas guerreiras, hoje esquecidas, poderiam usar dois jargões: "Esqueceram de nós" ou "Ainda estamos aqui". E precisando de médicos, remédios e hospitais pela saúde debilitada e idade. Nossa força de trabalho em sala de aula foi esquecida.
Delma Quesada, Porto Alegre, via e-mail

Sobre o IR I

Aumentar a faixa de isenção de IR para até R$ 5 mil é uma boa notícia para os beneficiados. Mas e se a renda for, por exemplo, R$ 5.500, qual o percentual aplicado? Passaremos dos isentos para os atuais 27,5%? Vai haver uma nova tabela? Se não houver uma revisão de toda a tabela, incluindo proposta para taxação dos ganhos milionários e/ou especulativos, teremos que concluir que a notícia tem caráter casuístico e eleitoreiro. Imagino a negociação do empregado e do empregador para limitar o salário registrado aos R$ 5 mil isentos enquanto recebem outros benefícios compensatórios.
Alba Pereira Maranzana, Porto Alegre, via e-mail

Sobre o IR II

Governo quer isentar do IR trabalhador assalariado que ganha até R$ 5 mil. E quem ganha logo acima, por exemplo, R$ 6 mil vai continuar pagando a alíquota máxima de 27,5%? Se isso acontecer, então o primeiro é considerado pobre e o segundo rico. Oito ou oitenta. Necessário mexer em toda tabela ou resultará nesse absurdo.
Hermes Buffon, Porto Alegre, via e-mail

Oferta e procura

Diz a lenda que, indignado com o preço da picanha, um vereador situacionista subiu na Tribuna e bradou: “Temos que revogar esta tal de Lei da Oferta e da Procura”. Pois parece que isto contaminou o Palácio do Planalto e os 39 Ministérios. É que recentemente aumentou o preço dos combustíveis, o que sempre provoca um efeito dominó. E tem outros fatores: o clima nas áreas de produção, o peso dos impostos, o transporte pelo modal mais caro, o modo com que o governo gasta os recursos, etc. Por isso, medidas como isentar produtos importados que também são produzidos aqui e comprar produtos do MST dificilmente refletirão no preço dos alimentos. Aliás, os políticos deveriam aprender que o mercado não é ingênuo como muitos eleitores. Ele reage diante de situações e de ações reais e não vota iludido por promessas, que nunca se concretizam.
Sérgio Becker, Porto Alegre, via e-mail

Pirâmide nutricional

A pirâmide nutricional tradicional, difundida pelos EUA, prioriza grãos e carboidratos, mas essa abordagem é criticada por especialistas. Historicamente, a dieta humana era baseada em proteínas animais e gorduras naturais, essenciais para o desenvolvimento cerebral, massa muscular e regulação hormonal. O excesso de carboidratos refinados na dieta moderna está ligado ao aumento de doenças crônicas, como obesidade, diabetes tipo 2 e problemas cardiovasculares. O corpo não é adaptado para processar grandes quantidades de carboidratos constantemente, o que pode causar picos de insulina e acúmulo de gordura. Uma dieta rica em proteínas animais (carnes, peixes, ovos) e gorduras naturais (banha, manteiga, óleos saudáveis) promove saciedade, regula o açúcar no sangue e fornece nutrientes essenciais, como vitaminas lipossolúveis e ômega-3. Essa abordagem está mais alinhada com nossa biologia e pode prevenir doenças.
André Luís Jakubowski, Porto Alegre, via e-mail