No mês de outubro, o cenário do centro de Porto Alegre começa a mudar com os preparativos para um dos maiores eventos da cidade, a Feira do Livro. É possível ver as estruturas e as barracas sendo montadas, instalando-se aos poucos um cenário que vai se evidenciando aos porto-alegrenses como palco de uma festa cultural amada por todos. É assim que se forma um ambiente propício para receber o grande protagonista desse espetáculo, o livro.
Considerada a maior atividade literária a céu aberto da América Latina, esta edição será a 71ª desde a já longínqua data de 16 de novembro de 1955, quando, durante dois dias, 14 barracas ocuparam a área para vender lançamentos e obras da época, numa iniciativa pioneira do jornalista Say Marques. Desde então, esse fórum que une leitores, escritores, editores e produtores de cultura, poder público e iniciativa privada incorporou-se definitivamente ao calendário anual da urbe, fortalecendo o hábito da cultura e propiciando a interação dos autores com a comunidade escolar. A par disso, instalou-se um movimento mais amplo que acabou por incorporar muitas formas de arte, concretizando-se tais atividades em debates, oficinas, sessões de autógrafos, contação de histórias, espetáculos teatrais, saraus, cinema, apresentação de orquestras, shows musicais e lançamentos literários. Há que se lembrar também que a feira tem um impacto que vai além do setor editorial, pois gera empregos temporários e fomenta o turismo cultural e de entretenimento. Em 2010, tornou-se Patrimônio Imaterial de Porto Alegre, consolidando seu papel de acontecimento marcante no calendário citadino.
Em todo esse processo, o Correio do Povo sempre foi um parceiro da realização do evento, em sintonia com a Câmara Rio-Grandense do Livro (CRL). Isso é bem evidenciado por já ter tido vários de seus jornalistas como referência em várias de suas edições, como Mario Quintana e Walter Galvani. O jornal, nestes anos todos, se orgulha dessa parceria que realça a elevação do aprendizado intelectual de todos os gaúchos.