Ajuda estreme de burocracia

Ajuda estreme de burocracia

O momento é de agilização do poder público para atender as demandas dos municípios gaúchos, com o devido encaminhamento das iniciativas anunciadas durante o calor dos acontecimentos a fim de que se possa dar um conforto mínimo para todos os atingidos pelas chuvas no RS. São inúmeras comunidades à espera de obras de infraestrutura e de construção de moradias.

Correio do Povo

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Até agora, os aventados repasses já giram em torno de R$ 1,5 bilhão e podem aumentar. Há algumas boas-novas, como no caso da aprovação unânime do decreto de calamidade pública no Congresso e do repasse de valores, como agora os R$ 60 milhões liberados pelo STF. O governo federal, atuando nessa sintonia com as casas legislativas, promete buscar um acordo para amenizar a questão da dívida do Estado com a União, bem como estuda editar medidas provisórias periódicas na medida em que lhe chegar os pedidos de ajuda dos entes federados municipais. Além disso, há discussões sobre a oferta de crédito em instituições financeiras visando um aval governamental para financiamentos a empresas e para empreendedores de maior porte, assim como para particulares contarem com recursos para reconstruir suas residências e pequenos negócios.
Espera-se que os compromissos das autoridades sejam arcados com a rapidez necessária. É preciso evitar que a burocracia afaste as pessoas da possibilidade de obterem os auxílios devidos. Não pode ocorrer, por exemplo, o que já está acontecendo com trabalhadores que estão buscando o saque calamidade e, apesar da publicidade da liberação, as agências bancárias responsáveis alegam ainda não ter a autorização normativa para efetuar o pagamento. Aquilo que foi sinalizado durante o impacto dos sinistros não pode ter o arrefecimento que favorece o esquecimento oficial nem a indiferença que aumenta o drama da dor dos que ficam abandonados entre uma tragédia e outra, perdendo seus bens, sua tranquilidade, seus afetos e suas conquistas ao longo de toda uma vida. Ajuda tardia não é ajuda de fato e, por isso, a celeridade é um requisito inafastável para propiciar um suporte efetivo aos gaúchos no maior evento trágico da sua história.

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