Apreensão histórica da Polícia Civil

Apreensão histórica da Polícia Civil

Com uma apreensão histórica de crack, a Polícia Civil descapitaliza facções criminosas e lhes manda o recado de que elas não terão vida fácil na sua senda delituosa. A asfixia financeira é uma das medidas, além da prisão dos seus integrantes.

Correio do Povo

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Nesta quarta-feira, numa abordagem realizada no km 10 da RS 287 a um casal que tripulava um caminhão, os policiais civis realizaram a maior apreensão de crack da história da instituição gaúcha. Na ocasião, foram apreendidos 123 quilos do entorpecente, além de outros 59 quilos de cocaína, na Região Metropolitana. A ação teve a coordenação da 2ª DP da cidade de Gravataí depois de dois meses de investigações. As drogas estavam escondidas em meio à carga de fardos de arroz. O trabalho percuciente de inteligência policial foi recompensado e o crime organizado sofreu um duro golpe em sua atividade delituosa. Há a fundada suspeita de que o produto ilícito tenha origem no Paraguai ou na Bolívia e abasteça uma facção do Vale dos Sinos, inserida em uma conexão com o tráfico internacional e encarregada de redistribuí-lo em todo o território nacional.

A magnitude da operação foi destacada pelo chefe de Polícia do RS, Fernando Sodré. Por sua vez, o diretor da 1ª Delegacia de Polícia Regional Metropolitana, delegado Rodrigo Bozzetto, ressaltou o prejuízo de cerca de R$ 4,5 milhões para os traficantes, o que implica um montante que não será capitalizado e direcionado para o cometimento de novos crimes. Outrossim, o titular da 2ª DP de Gravataí, delegado Joel Wagner, enfatizou que o crack não consumido evita que seus usuários cometam novos delitos, uma vez que vicia consumidores e os leva a praticar furtos e roubos.

Esse trabalho investigativo das forças policiais gaúchas mostra o quanto os órgãos de segurança estão empenhados em identificar e punir os delinquentes que são responsáveis por diversos tipos de ocorrências violentas no Estado, notadamente em casos de homicídios e também de tortura ou perseguições a moradores de regiões afetadas. Dessa forma, cabe lembrar que essa atuação pode ser fortalecida pelas comunidades, que podem fazer denúncias pelos canais disponibilizados para tal pelas autoridades. Com a união da Polícia e da coletividade, a bandidagem pode ser mais bem mais adequadamente combatida.


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