Articulação nacional contra as drogas

Articulação nacional contra as drogas

A Renarc é uma instância que terá a importante função de centralizar o combate às drogas no país, fenômeno hoje disseminado e que não é de solução fácil, mas que tem de ser enfrentado também na esfera penal.

Correio do Povo

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Vai ficando cada vez mais evidente que o crime organizado se expande em progressão acentuada, extrapolando fronteiras estaduais e nacionais, enquanto o combate a ele se faz ainda de forma mais lenta pela necessidade de atentar para protocolos, atribuições e procedimentos próprios das atividades policiais. Todavia, conscientes dessas limitações, as autoridades estão buscando meios e ferramentas para otimizar recursos humanos e materiais, com aposta na integração dos órgãos responsáveis pela segurança pública. A articulação entre eles constitui hoje uma saudável iniciativa que une o governo federal com os governos estaduais.

Nos dias 28 e 29 de fevereiro, realizou-se um fórum de debates e de encaminhamentos conjuntos entre várias polícias civis estaduais, sob cronograma do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), visando a criar a Rede Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Entorpecentes (Renarc). Essa instância terá a importante função de centralizar o combate às drogas no país, fenômeno hoje disseminado e que não é de solução fácil, mas que tem de ser enfrentado também na esfera penal. A proposta integra o Programa Nacional de Enfrentamento às Organizações Criminosas (Enfoc), estabelecido pela Portaria 499, de 2023. A Polícia Civil gaúcha esteve representada no encontro por meio do Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico (Denarc) na figura do seu diretor, delegado Carlos Wendt.

Sem dúvida, as drogas, num período recente, passaram a ser uma questão de maior relevância por envolver a capitalização das organizações criminosas, que assim se preparam para cometer novos delitos, além de um problema sério de saúde pública para os dependentes químicos. Sem esquecer que a essa movimentação ilícita se associam o cometimento de homicídios e a subjugação de comunidades aos ditames dos delinquentes. Para estar à altura dos desafios, o poder público precisa atuar em perfeita sintonia para enfrentar esses grupos de crescente poderio.


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