Biblioteca escolar é fomento à leitura

Parafraseando o escritor Monteiro Lobato, pode-se dizer que um país se constrói com cidadãos e com livros. A leitura vai além do mero entretenimento, ela abre portas para a interpretação do mundo em que vivemos e dos mundos em que viveram nossos antepassados, além de servir como instrumento para refinar nossos sentimentos e ampliar nosso senso crítico, bem como para nos capacitar a sobreviver em melhores condições no cotidiano de uma vida às vezes desfrutada em condições adversas.

O ato de ler e de interpretar é essencial no ensino formal, indissociável do aprendizado. É por isso que essa atividade precisa de um real incentivo e de uma estrutura efetiva para ser desenvolvida. Nesse sentido, é bem-vinda a iniciativa do governo federal de promover, junto com o Congresso Nacional, a revisão da Lei 12.244/2010, que trata da universalização das bibliotecas nas instituições brasileiras de ensino, fortalecendo o Sistema Nacional de Bibliotecas Escolares. Além de incentivar a disseminação do hábito de ler, os locais poderão agregar novos espaços de democratização da informação, fomentando outras finalidades, como encontros de lazer e suporte cultural para as comunidades.

O cadastramento das bibliotecas públicas em todo o país é essencial para que elas possam receber verbas federais, estaduais e municipais, quando for o caso. Essas unidades, a par das livrarias, que resistem bravamente ao avanço do formato digital e até convivem bem com ele ao oferecer os dois produtos ao público, são fundamentais para criar novos leitores, com autonomia para interpretar o entorno em que vivem. No que diz respeito às bibliotecas das escolas, esse incentivo é ainda mais relevante por conta de ser seu público-alvo constituído por um contingente em formação no tocante às suas concepções embrionárias acerca do convívio em sociedade. O certo é que em cada fase da vida haverá sempre um livro pronto para ser lido. E o melhor é que essa prática comece o quanto antes.