Dois anos de uma guerra cruel

Dois anos de uma guerra cruel

Apesar de a Rússia ser governada por um presidente autoritário e ditatorial, o fato é que é necessário negociar com ele de forma a interromper o massacre a que está submetida a população civil ucraniana.

Correio do Povo

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Ultimamente, a guerra entre Rússia e Ucrânia, que teve seu território invadido por tropas russas, está menos em foco no noticiário por conta do conflito entre Israel e os terroristas do Hamas na Faixa de Gaza. Todavia, o embate bélico acabou de completar dois anos e entra no seu terceiro ano sem que se tenha perspectiva de consenso a médio e a longo prazos, o que evidencia que o impasse está mantido e que é necessário a intervenção da diplomacia para que haja um cessar-fogo entre as partes até que se consiga um acordo. Neste momento, o G7, grupo das maiores economias do planeta, estuda novas sanções econômicas que podem ser aplicadas ao governo de Vladimir Putin.

Não obstante ser a Rússia governada de forma autoritária e por um presidente que tem o hábito de perseguir seus opositores, notadamente os que podem representar algum perigo eleitoral, o fato é que é necessário negociar com ele de forma a interromper o massacre a que está submetida a população civil ucraniana. Não obstante a garra com que eles defendem seu país, inclusive com uma força que surpreendeu os invasores, o fato é que o Kremlin é uma potência armamentista que não pode ser enfrentada de igual para igual pela pequena nação ucraniana sem apoio do mundo democrático. Já são milhares de mortes, feridos e mutilados por conta das investidas das forças armadas russas, que não escondem seu ímpeto imperialista, causando instabilidade e insegurança no mundo.

Como se ressaltou acima, o fim da beligerância deve ser buscada pela via das negociações. Todavia, talvez isso não seja possível por conta da intransigência do governo russo. Dessa forma, há que se fortalecer o governo de Zelensky para que possa fazer frente aos invasores. Trata-se de um país democrático, com um presidente eleito, que está sendo acossado por uma nação com um governante autoritário e expansionista. A ONU precisa fazer uma mediação mais efetiva para conter Putin e seus planos de anexação territorial.


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