Editorial

Leilões falsos na Internet com vítimas no RS e em todo o país

Foi preso um grupo que fazia leilões falsos na Internet e causou prejuízos a muitas vítimas.

O advento das redes sociais e das novas tecnologias, se trouxe vantagens evidentes na comunicação em tempo real entre as pessoas, inclusive com mais efetividade na troca de dados e de arquivos, igualmente propiciou o surgimento de novos ilícitos que desafiam as autoridades e os órgãos de fiscalização. Não é para menos. Num passado ainda muito recente, estávamos usando máquinas manuais de escrever e, agora, depois de ter incorporado o computador de mesa, temos na palma da mão uma ferramenta poderosa que é o celular, que nos garante uma série de serviços e de interações antes jamais imaginadas.

A par dos benefícios evidentes, também grassaram os malfeitos e os golpes financeiros, com pessoas inescrupulosas buscando o lucro fácil. Não que tais condutas sejam novidades, afinal, desde sempre existiram ardis para enganar desavisados, como é o caso do famigerado “bilhete premiado”. O que ocorre é que o surgimento de plataformas e sites, encurtando distâncias, e a absorção dos meliantes de conteúdos digitais, com aprimoramento técnico, fizeram com que houvesse novas ferramentas para a prática de estelionatos, ampliando o poder de fogo dos criminosos. Tais condutas passaram a se disseminar amplamente, ocasionando perdas patrimoniais para um grande contingente de enganados, com prejuízos de monta afetando seu bem-estar físico e psicológico, não raro, levando-os à ruína e a gestos de desespero ao verificar que tiveram sua sobrevivência ameaçada por conta desses danos materiais.

Em meio a esse cenário, as forças policiais não ficaram inertes. Exemplo disso é uma recente operação que prendeu uma quadrilha que fazia leilões falsos na Internet, com atuação, inclusive, no Rio Grande do Sul. O grupo chegou a movimentar quase R$ 2,3 milhões em cinco meses. Os meliantes criavam sites falsos, imitando com perfeição as páginas de leiloeiros conhecidos, o que induzia as vítimas a erro e aos pagamentos antecipados via PIX. Essas e outras ocorrências demonstram que é preciso estar atento para evitar ser ludibriado, bem como que é necessário incrementar a atuação policial para punir os estelionatários.