Mulheres demandam maior igualdade

Mulheres demandam maior igualdade

Essa demanda por maior participação das mulheres deve estar no topo das preocupações da coletividade. Inclusive, no curto prazo, há que visar um aumento dessa representatividade nos governos e nos parlamentos.

Correio do Povo

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Como um fato que se repete no mundo, as mulheres constituem ao menos a metade da população, mas não têm seus direitos efetivamente respeitados nem possuem a representatividade proporcional nas esferas de poder. Suas pautas, que envolvem assuntos como creche, saúde da família, renda e emprego dignos, costumam ser negligenciadas e suas vozes não são ouvidas como deveriam ser, sem esquecer os casos de violência doméstica de que são vítimas, com um machismo que ultrapassa fronteiras e as torna vítimas frequentes em relações abusivas e, não raro, reféns em seus próprios lares.

Diante dessa realidade, urge que autoridades e a sociedade civil estejam atentas e dispostas a implementar e subsidiar políticas públicas eficientes que possam combater tais disparidades, buscando equilibrar os polos desiguais a fim de fazer justiça no caso concreto. Nesse sentido, todos os tipos de fóruns e esferas são importantes como meio de impulsionar a luta por essa igualdade. Uma dessas instâncias se reveste da maior importância e tem o Brasil como protagonista. Trata-se de um grupo de trabalho no G20 liderado pelo país e que teve sua primeira reunião em 2024 por meio de videoconferência, abordando temas como a igualdade entre homens e mulheres, o combate à misogenia, que é o ódio contra as mulheres, bem como as agressões morais, psicológicas e físicas, e o advento da realidade climática que prejudica muito mais mulheres quando das ocorrências de desastres naturais. A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, e a primeira-dama, a socióloga Rosângela da Silva, fizeram a abertura oficial da reunião virtual deste evento.

Essa demanda por maior participação das mulheres deve estar no topo das preocupações da coletividade. Inclusive, no curto prazo, há que visar um aumento dessa representatividade nos governos e nos parlamentos. Nenhuma nação pode se considerar justa enquanto houver segmentos que não tenham sua dignidade humana plenamente respeitada e protegida.


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