Mutirão contra o Aedes Aegypti

Mutirão contra o Aedes Aegypti

Face a ameaça concreta e de grande perigo, é preciso que tanto os órgãos públicos como as comunidades se unam para combater os nascedouros do mosquito, que costuma se criar em lugares onde haja água parada.

Correio do Povo

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No último domingo, registrou-se a passagem do Dia Nacional de Combate ao Aedes Aegypti. Esse agente causador da dengue, da chikungunya e do zika vírus, nas últimas três décadas, foi responsável pela morte de mais de 10 mil brasileiros, sendo que, no ano em curso, já atingiu cerca de 1,5 milhão de pessoas até agosto, causando mais de 500 mortes apenas nos primeiros cinco meses. Os sintomas são febre de início abrupto, cumulada com de dor de cabeça, dores no corpo e articulações, prostração, fraqueza, dor detrás dos olhos, erupção e coceira na pele e manchas vermelhas pelo corpo, bem como náuseas, vômitos e dores abdominais. A isso, aduza-se que as sequelas podem durar meses ou anos. Sem esquecer que existe o fundado risco de grávidas picadas pelo mosquito nos três primeiros meses de gravidez terem filhos com microcefalia, comprometendo o desenvolvimento da criança para o resto de sua vida.

Face a ameaça concreta e de grande perigo, é preciso que tanto os órgãos públicos como as comunidades se unam para combater os focos que são os nascedouros do inseto transmissor. Eles costumam se criar em lugares onde haja água parada e, por isso, é preciso agir em quintais e casas abandonadas para esvaziar garrafas e pneus em áreas descobertas. Recomenda-se não acumular água em lajes ou calhas, colocar areia nos vasos de planta e tampar bem tonéis e caixas d’água. Este é o caso em que a negligência de alguns pode ser danosa para a maioria, ainda que ela faça a sua parte. É relevante também lavar adequadamente reservatórios, usando produtos que possam extinguir os agentes disseminadores e suas larvas.

Para ter uma efetividade no enfrentamento dessa chaga, urge que o poder público nas três esferas, federal, estadual e municipal, elaborem programas a serem implementados em todos os bairros das cidades. Para tanto, são necessários recursos e gestão. Esse minúsculo mosquito só pode ser combatido pela união da coletividade.


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DESDE 1º DE OUTUBRO 1895