A Prova Nacional Docente (PND), criada pelo Ministério da Educação (MEC) para avaliar o nível de conhecimento e a formação dos futuros professores das licenciaturas, bem como para auxiliar os entes federados na contratação destes profissionais, traz no seu bojo o envolvimento com questões atuais da sociedade, estimulando a reflexão dos docentes. Neste domingo, dia 26, ocorreu a aplicação do exame em nível nacional, com questões objetivas e uma dissertativa.
A questão dissertativa versou sobre um tema presente no contexto de um país em que sua população idosa aumenta proporcionalmente cada vez mais em relação a outras faixas etárias. Trata-se do idatismo, também conhecido como etarismo, termos que nada mais são do que formas de manifestar preconceito, apresentar um estereótipo ou uma discriminação contra indivíduos ou grupos com base na sua idade. A partir desse dado, a pessoa é tida como limitada em suas habilidades simplesmente por fazer parte da chamada terceira idade. Evidentemente, tais definições não se sustentam e tanto o poder público como a iniciativa privada já têm deixado claro que essa visão precisa ser combatida. Muitos programas e projetos vêm sendo criados para acolher esse segmento, que tem muito a contribuir para o crescimento do país, haja vista sua experiência e maturidade, que devem servir de parâmetro para que os mais jovens aprendam novas lições com aqueles que já têm uma bagagem de vida e muito para ensinar. Essa interação é um jogo de ganha-ganha do qual as novas gerações não podem prescindir. Há coisas que só se aprendem com o tempo e poder compartilhar desse aprendizado é algo edificante para todos.
Vivemos numa época de muitos estigmas contra as mulheres, índios, negros, pessoas com deficiência e outras minorias. Poder ver além das aparências e valorizar a dignidade de cada cidadão ou cidadã do nosso entorno é um patamar que podemos e devemos atingir. Somente dessa forma poderemos construir uma coletividade mais justa e mais inclusiva.