Segurança alimentar nas periferias

Segurança alimentar nas periferias

Combater a desnutrição é tarefa urgente no país, principalmente pelos efeitos da pandemia, em que o setor produtivo teve um impacto negativo muito grande e vários reveses na geração de emprego e de renda.

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A questão da insegurança alimentar, principalmente na periferia das grandes cidades, precisa ser enfrentada com políticas públicas eficientes dos diferentes governos em parceria com a sociedade, notadamente entidades civis e segmentos de trabalho voluntário. Combater a desnutrição no cotidiano é uma tarefa urgente no país, principalmente pelos efeitos adversos da pandemia, em que o setor produtivo teve um impacto negativo muito grande e vários reveses na geração de emprego e de renda. Em face dessas questões, muitos especialistas debatem propostas e programas que podem auxiliar as comunidades na busca de meios para sobreviver com o mínimo de dignidade, o que, sem dúvida, inclui uma alimentação saudável, adequada e balanceada.

Nessa esteira, vem em boa hora o anúncio do governo federal do lançamento do Programa Nacional de Agricultura Urbana e Periurbana, tornado público nesta quarta-feira. Pela medida, há a previsão de que atividades agrícolas e de pequenas criações de animais possam ser desenvolvidas nas cidades e em áreas de transição para o setor urbano através do manejo sustentável. A normatização e a condução desse processo ficarão a cargo dos ministérios do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar; do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome; do Meio Ambiente e Mudança do Clima; e do Trabalho e Emprego. Serão lançados editais que farão a seleção dos projetos a serem financiados para implementação da proposta, aquisição de material de consumo, ou capacitação para as atividades a serem desenvolvidas.

Sem dúvida, é muito importante estimular a agricultura familiar e sustentável, bem como a pecuária de menor intensidade. Igualmente, há o incentivo para iniciativas que preservem o solo e combatam o desequilíbrio climático. Atender a população em suas necessidades básicas faz parte dos direitos à cidadania que ela precisa ver respeitados todos os dias. Erradicar a fome deve ser uma meta inarredável e constante.


Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895