Um engajamento muito necessário
Essa tomada de consciência em prol de segmentos mais vulneráveis ocorreu para diversas camadas, como idosos, povos originários, pessoas com deficiência, entre outros, e representa um ganho na promoção da dignidade humana.
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A sociedade evoluiu muito nas últimas décadas em temas sensíveis, que antes poderiam ser considerados de esfera restrita. Podemos invocar o exemplo de conflitos na relação do casal, quando era comum se dizer que, mesmo se constatando agressões do homem com a mulher, ninguém poderia “meter a colher”. Felizmente, essa mentalidade vem mudando e grande parte das denúncias que chegam às autoridades provém da iniciativa de terceiros, que se valem dos canais disponibilizados para alertar o poder público da ocorrência de delitos de violência doméstica.
Outra situação ilustrativa é a das crianças, que, em tempos idos, eram alvo de maus-tratos e pouco se fazia em prol delas. Essa cultura também está em transformação para melhor. Uma legislação protetiva entrou em vigor na década de 90 e houve o surgimento dos conselhos tutelares, que trouxeram a figura do agente envolvido permanentemente com o tema da proteção às crianças e aos adolescentes.
Essa tomada de consciência em prol de segmentos mais vulneráveis ocorreu para diversas camadas, como idosos, povos originários, pessoas com deficiência, entre outros, e representa um ganho na promoção da dignidade humana e dos direitos básicos na busca de igualdade entre os cidadãos. E, todos os dias, podemos constatar o caráter benéfico dessa evolução mencionada. E os exemplos estão por aí, espalhados pelo cotidiano. Como o episódio da mulher que pediu socorro em face do companheiro agressor por meio de um bilhete deixado no banheiro de um posto de gasolina, em Camaquã. Ela tinha marcas de agressão e, tudo indica, corria risco de morte. Felizmente, um dos frentistas agiu de forma célere e acionou as forças policiais, o que permitiu o resgate antes que coisa pior acontecesse. Tal desenlace mostra bem a importância de estarmos todos alertas para crimes que possam ocorrer no nosso entorno, tomando as providências possíveis, como chamar a Polícia, e, com isso, podendo salvar uma vida ou evitar condutas graves e injustas contra vítimas indefesas.