Ao findar outubro, quando se registraram as campanhas de alerta acerca do câncer de mama, estamos agora adentrando em um mês relevantíssimo para a saúde pública. Trata-se do Novembro Azul, que tem seu foco na prevenção do câncer de próstata, uma chaga que atinge milhares de pessoas no país e que precisa receber a devida atenção da coletividade.
No caso em tela, é muito importante realizar os alertas necessários para preservar a saúde masculina de um grande contingente de brasileiros. As causas desse mal estão ligadas a fatores genéticos, hormonais e ambientais. Inicialmente silencioso, em fases mais avançadas, seus sintomas envolvem dificuldade para urinar, jato de urina fraco ou interrompido, sensação de bexiga cheia mesmo após esvaziá-la, dor ou ardência ao urinar, presença de sangue na urina ou no sêmen, dor na região lombar, pelve ou parte superior das coxas e disfunção erétil. Como é de difícil detecção no seu início, é preciso procurar ajuda nas unidades de saúde e realizar os exames e diagnósticos necessários para identificar eventual acometimento, que ocorre quando células da próstata têm mutações e passam a se multiplicar de forma desordenada. Entre os principais fatores que constituem risco estão idade avançada, principalmente a partir dos 50 anos; histórico familiar, com incidência no pai ou no irmão; alimentação rica em gordura animal e pobre em vegetais; sedentarismo e obesidade; exposição a agentes químicos ou ambientais. É por isso que são fundamentais as consultas frequentes, com procedimentos que possam ajudar a detectar a doença em estágio inicial, quando ela ainda pode ser enfrentada com maiores chances de êxito.
Com uma estimativa de 71 mil novos casos por ano, cumpre que o público-alvo considere os alertas emitidos pelas autoridades da área da saúde e procure ajuda nas unidades do SUS. É primordial agir com antecipação para evitar problemas com uma moléstia capaz de causar sequelas, atentar contra a vida e retirar a dignidade dos pacientes no cotidiano.