Um novo impulso para o setor cultural

Um novo impulso para o setor cultural

O momento da cultura é de retomada após uma pandemia e a extinção do ministério respectivo no governo anterior, o que não foi feito sem conflito e embates com os artistas e com os produtores culturais.

Correio do Povo

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Está sendo realizada em Brasília, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, a quarta Conferência Nacional de Cultura (4ª CNC), com o tema Democracia e Direito à Cultura, prevista para ocorrer entre os dias 4 e 8 de março, com participação de mais de 3 mil pessoas nos fóruns e atividades programadas para o evento. O objetivo é debater políticas públicas culturais e definir orientações prioritárias para garantir transversalidades nas ações do setor. As propostas aprovadas vão nortear as diretrizes do novo Plano Nacional de Cultura (PNC), que servirão de guia para a pasta na próxima década. E, por falar em década, a última edição do encontro ocorreu há cerca de dez anos, o que demonstra a necessidade de extrair novas análises e realizar a atualização dos planejamentos estratégicos do segmento. A 4ª CNC tem a coordenação do MinC e do Conselho Nacional de Política Cultural (CNPC) e é correalizada pela Organização dos Estados Ibero-Americanos (OEI), além de contar com apoio da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso Brasil). A participação se dá por delegados eleitos nos estados, além de convidados e observadores.

O momento da cultura é de retomada após uma pandemia e a extinção do ministério respectivo no governo anterior, o que não foi feito sem conflito e embates com os produtores culturais, que se sentiram desprestigiados e com seu labor aviltado. A indústria da cultura, que também agrega a do entretenimento e do lazer, de acordo com a Associação Brasileira dos Promotores de Eventos (Abrape), movimenta em torno de R$ 334,2 bilhões por ano, o que representa 4,52% do PIB do país, gerando R$ 62,4 bilhões em massa salarial e R$ 41,9 bilhões em impostos federais, o que não é pouca coisa.

Os trabalhadores da área cultural estão buscando a retomada das suas atividades e o contato com seu público. Nisso se inserem os artistas, cujo trabalho é patrimônio imaterial do país e precisa ser valorizado por toda a coletividade.


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