Editorial

Uma data para uma enfermidade silenciosa a ser enfrentada

Esse dia serve de alerta para que a coletividade se previna contra o reumatismo.

Este 30 de outubro registra a passagem do Dia Nacional de Luta contra o Reumatismo. Trata-se de uma data que tem como foco conscientizar a população para procurar o devido tratamento ou para buscar a prevenção contra as doenças reumáticas, que representam mais de 200 anomalias que afetam articulações, músculos, ossos e até órgãos internos. Entre as mais comuns delas, estão a artrite reumatoide, lúpus, fibromialgia, gotas, artrose e espondilite anquilosante.

Essas enfermidades podem ser a causa de dor crônica, fadiga, rigidez articular e limitação funcional, afetando diretamente a qualidade de vida de milhões de brasileiros. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são fundamentais para controlar os sintomas, evitar agravamentos e impedir complicações posteriores que possam levar a sequelas e mesmo a óbito, uma vez que algumas doenças reumáticas podem ser fatais, principalmente se atingirem órgãos vitais, como é o caso do coração. O dia relativo ao tema, instituído pelo Ministério da Saúde, além de realizar um verdadeiro alerta para a coletividade sobre a importância de realizar exames e diagnósticos, também é fundamental para que todos entendam a necessidade de se reconhecer a gravidade dessas moléstias e para que entes federados invistam em informação, em estruturas de acolhimento e em políticas públicas eficazes como o caminho para garantir mais saúde, autonomia e qualidade de vida para quem convive com o reumatismo. Essa chaga demanda, em torno do paciente, um complexo de cuidados, afetos e de compreensão para que ele possa enfrentar tal adversidade com um mínimo de dignidade.

Outro ponto a se ressaltar é o da desinformação, que relaciona a patologia, com certa ênfase, às faixas etárias mais avançadas, como se fora própria da terceira idade. Esse mito precisa ser desfeito, pois tanto crianças como adultos jovens podem ter doenças reumáticas ao longo da vida. O certo é que não existe idade nem precondição específica para contrair esse mal e a melhor medida é sempre prevenir-se, tomando todas as cautelas e procurando ajuda especializada. O corpo é mais sadio em mente alerta.