Vivemos tempos difíceis no planeta com a emissão de gases de efeito estufa em graus cada vez mais densos e a dúvida sobre se ainda é possível adotar uma rota de regressão dessa realidade cada vez mais adversa. O aquecimento da temperatura da terra está se mostrando cada vez mais danoso e o resultado disso tem sido a eclosão de tragédias climáticas, sejam as estiagens prolongadas, sejam as enchentes como as que assolaram o Rio Grande do Sul em 2023 e 2024, causando perdas de vidas e de patrimônio, com impactos negativos na maioria dos municípios do Estado.
Esse cenário demanda ações articuladas das autoridades ambientais de cada país, bem como dos governantes, que têm pela frente o desafio de frear essa degradação. As políticas públicas, além de serem desenvolvidas em âmbito interno, precisam estar coordenadas com as demais nações, principalmente no caso dos países desenvolvidos, que devem estar dispostos a investir em fundos de proteção da natureza, visando, por exemplo, manter a floresta em pé. Isso, além de constituir fonte de oxigênio, ajuda a manter a regularidade das precipitações pluviais, que são essenciais para manter a produtividade do setor primário, bem como o bem-estar das populações rurais e urbanas, aí incluídos os povos originários. Nesse sentido, é muito importante o aporte em energias renováveis, a exemplo da energia eólica e solar, além de outras como a biomassa e o hidrogênio verde, este ainda em estudos para uma implementação mais efetiva. O Brasil tem imensas possibilidades de liderar esse processo, constituindo um exemplo a ser seguido pelos outros países.
Um momento relevante para atualizar a pauta da defesa dos ecossistemas e da vida de todos os seres vivos está prestes a acontecer. Trata-se da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025, também chamada de COP30, que será a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, prevista para ocorrer entre os dias 10 e 21 de novembro de 2025, na cidade de Belém. Esse fórum é estratégico para iniciar um novo ciclo na regeneração e recuperação dos recursos naturais. O ciclo da destruição precisa ser contido.