Eleições na França: o que a derrota da extrema-direita representa para a política mundial e brasileira?

Eleições na França: o que a derrota da extrema-direita representa para a política mundial e brasileira?

Especialista explica porque o partido de Marine Le Pen saiu derrotado e moradora conta como foi o dia a dia da eleição

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Pessoas se reúnem em frente à estátua

Pessoas se reúnem em frente à estátua "Le Monument a la Republique" durante um comício noturno após os resultados do segundo turno das eleições legislativas da França, em Paris

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Para a surpresa internacional, o partido de extrema-direita, Reagrupamento Nacional, ficou em terceiro lugar nas eleições deste domingo, 8, depois de beliscar a formação de maioria no primeiro turno. Essa maioria permitiria que Marine Le Pen indicasse o Premiê — equivalente ao primeiro-ministro —, vaga que deveria ficar com Jordan Bardella. A votação foi adiantada pelo presidente, Emmanuel Macron, apenas horas depois das eleições para o parlamento da União Europeia, no dia 9 de junho, quando a extrema-direita saiu com grande vantagem. Saiba mais no podcast abaixo.

As últimas atualizações mostram que a Nova Frente Popular, de esquerda, obteve 193 assentos, seguidos pela Aliança de Macron, com 164 e do reagrupamento Nacional, com 143. Veja:

| Foto: PAZ PIZARRO, MARIA-CECILIA REZENDE, SYLVIE HUSSON / AFP / CP

Além de escolher os deputados e o Premiê, o pleito foi definido como “crítico” pela professora Teresa Marques, já que poderia mudar a condução do país em relação a diversos temas, tanto de política nacional quanto internacional. Teresa é doutora em Ciência Política pela UFRGS (com estágio doutoral na Sciences Po de Paris) e professora de Relações Internacionais e Ciência Política na PUCRS. Além disso, também é cidadã francesa e pesquisa as conexões transnacionais entre o Brasil e a França.

Além de uma articulação política, houve uma notável comoção social. Relatos de jovens que encaram horas de viagem ou mesmo de pontos turísticos vazios por causa da eleição foram contados pela estudante Ana Nogueira, que mora, estuda engenharia e trabalha na Capital francesa. Ela nos conta que as eleições foram o assunto predominante dos intervalos do café, por exemplo, por semanas antes da eleição.

A produção, roteirização e a apresentação do podcast foram realizadas por Lucas Keske, já a edição foi feita por Tiago Basso.

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