A exposição de crianças e adolescentes aos males oriundos de situações perigosas geradas na rede mundial de computadores é um dos temas mais palpitantes da atualidade. Isso tem sido debatido na sociedade como um todo, merecendo a atenção do poder público, dos legisladores, das autoridades educacionais, dos professores, dos pais e familiares e de todos aqueles que têm nos infantes um foco de atenção psicossocial. Não têm sido poucas as iniciativas para tentar mitigar adversidades que grassam no contexto de uma faixa etária que vai, grosso modo, desde a infância até por volta dos 17 anos.
Para fornecer subsídios a todos os que, no cotidiano, lidam com esse público-alvo, o Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br) lançou o guia Internet com Responsa Só para Adolescentes: Proteção no Uso da Internet. Trata-se de uma cartilha que funciona como um mapa de navegação on-line, cujo objetivo é o de auxiliar adolescentes a reconhecerem riscos digitais e tomarem decisões com mais segurança, sem ficar expostos a ocorrências que lhes causem danos físicos ou psicológicos. As recomendações, por certo, não terão o condão de eliminar os perigos das conexões indevidas, mas podem fortalecer a capacidade crítica e a responsabilidade desses menores. O material está disponível gratuitamente para ser lido digitalmente, sendo que os interessados podem baixá-lo para reprodução, e envolve temas como privacidade e proteção de dados pessoais, cyberbullying e discurso de ódio, navegação segura, fake news e desinformação e identificação de comportamentos abusivos nas redes. É digno de realce que os subsídios do documento foram colhidos com os próprios jovens, que relataram os cuidados que se deve ter e as precauções a serem tomadas para evitar ser alvo de ações ilícitas de outros internautas.
O drama da necessária proteção a esses segmentos mais vulneráveis requer ações imediatas e urgentes. Ter uma legislação efetiva é uma delas, com as punições e medidas protetivas. Já tivemos casos extremos que resultaram em ferimentos e até em óbitos. Não há tempo a perder para enfrentar os delitos que rondam os brasileiros que ainda estão carentes de uma maior proteção no seu cotidiano.