Brigada Militar disponibiliza postos móveis no Litoral do Rio Grande do Sul

Brigada Militar disponibiliza postos móveis no Litoral do Rio Grande do Sul

Iniciativa irá se estender até o final do veraneio

Correio do Povo

Grande busca da população ao visitar as unidades tem sido pelas pulseiras de identificação de crianças

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Em atividade desde o final do ano passado e com previsão de funcionamento até o término do veraneio, já estão em funcionamento as Bases Móveis Comunitárias da Brigada Militar nos litorais Norte e Sul do Estado, dentro da Operação Golfinho, em seu quinto ano de funcionamento. Os policiais estão lotados em motor homes à beira das praias – são sete postos distribuídos em Torres, Capão da Canoa, Xangri-Lá, Tramandaí, Cidreira, Cassino e, pela primeira vez, em São Lourenço do Sul.

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Nas Bases Móveis Comunitárias (BMC), os veranistas podem registrar ocorrências, solicitar informações e obter pulseiras de identificação para as crianças, possibilitando a localização dos pais, caso elas se percam.

Os brigadianos também realizam policiamento ostensivo e visitas ao comércio e a residências no perímetro de três quilômetros do ponto fixo, buscando a resolução de questões relativas à segurança pública.

O comandante da Base Móvel Comunitária de Tramandaí, tenente Marco Antônio Ritter, disse que o atendimento é diário e eles estão à disposição das 9h às 21h, podendo variar, caso ocorra algum evento.

“Praticamos um trabalho de aproximação com a população. Fazemos visitas às instituições, ao comércio local, a quiosques, para ver se necessitam de algo, se tem alguma irregularidade. Dentro da área de segurança questionamos o que podemos ajudar, como podemos melhorar”, salientou.

“Estamos organizando também reuniões com a comunidade, para que eles nos passem o que estão necessitando”, ressaltou. “E aqui no trailer, recebemos muitas visitas. As pessoas querem tomar um chimarrão, compartilhar suas necessidades”, enumerou. “Agora colocamos à disposição o vinagre, para ajudar nas feridas causadas pelo ataques das águas-vivas que vem ocorrendo no Litoral”, citou.

Procura por pulseiras de identificação

A grande busca da população ao visitar as Bases Móveis Comunitárias tem sido pelas pulseiras de identificação de crianças. Para a obtenção desse item, os pais devem se deslocar até uma das unidades da BMC e preencher uma ficha, cujos dados serão utilizados também na pulseira da criança.

“Este método ajudou muito neste final de ano e vem ajudando. Na noite da virada, muitas crianças se perderam. Mas com a pulseira o trabalho surtiu muito efeito. Tínhamos um público enorme aqui na orla e as crianças acabavam se afastando de seus pais, caminhavam longe, dois, três quilômetros, mas com as pulseiras, foi fácil encontrá-las”, recordou o tenente.

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“O que tem acontecido é as crianças fixarem na mente a localização de nossa base. E elas, ao se perderem, virem direto para cá, dizendo: me perdi do meu pai e da minha mãe”, reforçou o soldado Carlos Zoch.

“Neste final de semana, um menino se perdeu e veio direto para a base pedindo ajuda para localizarmos os pais. Além disso, tem o equipamento de som do Sesc aqui ao lado, que já ajudou muito a localizar crianças perdidas”, contou. “Desde o começo do ano, cerca de dez crianças já foram localizadas graças às pulseiras, média de duas por dia”, completou o soldado.

“Que bela sacada”, elogiou a veranista Carla dos Santos Brochado, ao lado do marido, Mauro Seabra, e da filha Pietra. “Os policiais nos chamaram e mostraram este serviço das pulseiras. Achei ótimo, afinal a Pietra é irrequieta, nos dá um cansaço, e temo mesmo que ela se afaste da gente”, observa ela, natural de Porto Alegre, e que estava em Tramandaí para conhecer um terreno comprado por seu pai no balneário.


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