Farol de Cidreira espera fim da pandemia para volta a receber crianças

Farol de Cidreira espera fim da pandemia para volta a receber crianças

A torre de 30 metros, adquirida da França, foi erguida em 1933

Christian Bueller

A torre de 30 metros, adquirida da França, foi erguida em 1933

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Quem vê aquele concreto armado com faixas helicoidais vermelhas e brancas em Cidreira nem imagina a história que ele tem. Um dos pontos turísticos do Litoral Norte gaúcho é o Farol de Cidreira, em funcionamento desde 1º de maio de 1907. A nova torre como a conhecemos hoje foi erguida em 1933, inicialmente de ferro fundido, a 12ª a ser instalada no Brasil, dentre as 22 adquiridas da França.

A instalação de diversos faróis na Costa Brasileira começou muito antes, com a determinação de Dom João VI, em 1818, para que o Brasil aumentasse a segurança da navegação na região Sul e, consequentemente, iniciar a cobrança da Tarifa Única de Faróis. No Estado, são encontrados 19 Faróis e Rádio Faróis em funcionamento, sob responsabilidade da Marinha do Brasil. O de Cidreira é permanentemente guarnecido por um faroleiro, o suboficial Edgar Cardozo, que mora ao lado do ponto turístico.

“Estou no farol desde março de 2018. A função do faroleiro é manter o farol em funcionamento para atender a comunidade marítima, realizando as manutenções preventivas, reparos e substituição de equipamentos”, explica. Também há ações de manutenção preventiva e/ou corretiva de rádios, antenas e para-raios, além de reparos emergências que podem ocorrer, devido a danos decorrentes das condições climáticas adversas”, esclarece.

Antes da pandemia, o local era aberto ao público, mediante autorização, e eram realizados projetos junto a Secretaria de Cultura de Cidreira. “Recebíamos visitas programadas com estudantes, eram realizadas palestras junto a escolas, apresentando as atividades de Sinalização Náutica e a importância da Amazônia Azul. Além disso, tínhamos o Projeto Pátria Amada Brasil, o qual era realizado com crianças e escoteiros passando um dia no farol”, lembra o faroleiro. A satisfação em mostrar a importância do farol é nítida. “Ter o contato com os pequenos, além poder palestrar, vejo como uma oportunidade de semear e incentivar a carreira militar”, revela Cardozo.

A altura da torre do farol é de 30 metros e possui um alcance geográfico (limite de distância que o navegante consegue avistar o farol durante o período diurno) de cerca de 30 quilômetros e alcance luminoso (limite de distância que o navegante consegue avistar o farol durante o período noturno) de cerca de 40 quilômetros. Atualmente, exibe, deforma alternada, uma luz branca com lampejo de meio segundo e um período de 5,5 segundos apagado.


Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895