Lobo-marinho vira atração na beira da praia em Mariluz
Animal foi retirado do local e levado para um balneário com menor movimentação
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A sargento Eliane Kirchner, do Patram, pediu sem muito sucesso que as pessoas não se aproximassem do animal. “Ele chega pelas correntes marítimas, descansa 3, 4 dias. Mas teremos de ajudá-lo, pois aqui tem muita gente e ele se assustou. Não vai descansar e se retornar para o mar, vai morrer”, alertou.
“E as pessoas têm de ter a noção de que, além de não chegarem perto dele, devem evitar ser mordidas. Acontece uma infecção muito grave, porque ele tem resíduos nos dentes. É uma gordura que fica do que ele comeu. Se ele morder, raspar os dentes, a infecção é muito grande. Por isso, dizemos para ninguém chegar perto”, ressaltou.
Inicialmente o lobo-marinho seria levado para as instalações do Ceclimar, mas após avaliação do veterinário do órgão, Derek Amorim, optou-se por soltá-lo em um local mais calmo. O profissional disse que o animal “provavelmente pelo tamanho, deve ter nascido em dezembro de 2017”. “É um animal que se alimenta sozinho, não necessita mais da ajuda da mãe”, informou.
Amorim disse que é comum na espécie, parar na praia por um ou dois dias para descansar. Depois deste período ele segue para o mar, se alimentando. “O importante é o que agora? Que as pessoas mantenham distância dele, de pelo menos cinco metros. Não perturbar o animal para evitar causar estresse nele, não deixar que cachorros se aproximem dele, não dar alimentos – as pessoas costumam dar peixes para ele e ele acaba perdendo a capacidade de buscar o próprio alimento”, explicou.
O veterinário ressaltou que deverão aparecer mais outros desta espécie neste verão. “Já foi bastante comum no inverno, mas ninguém viu, pois a praia estava deserta. E o importante é que as pessoas devem manter distância e entrar em contato com a Patram, que vem, faz a análise. Se tiver lesão, fazemos o recolhimento e depois do tratamento, faz a soltura dele”, relatou.
Este lobo-marinho estava bem, saudável, necessitando apenas da realocação. “Assim, ele será levado para uma praia mais deserta, onde possa descansar o tempo que achar necessário e depois voltar para o mar”, disse. “Se as pessoas tivessem entendido que ele precisa de descanso e paz, poderia ficar aqui até se recuperar. Mas infelizmente elas não dão folga ao animal”, lamentou Amorim.
• Confira as imagens registradas pelo fotógrafo Guilherme Testa