Mecânico cria lixeiras a partir de material descartável em Imbé

Reutilizar material que foi descartado, evitando que ele possa poluir o ambiente e ao mesmo tempo tentar educar a população em relação a manter as praias limpas. Assim o mecânico Ângelo Márcio Estevão Pereira, funcionário da Sub-Prefeitura de Imbé em Santa Terezinha, cria lixeiras para tentar manter o balneário limpo.

No momento, “MacGyver”, como foi apelidado pelos colegas por estar sempre criando alguma coisa usando apenas sobras de estruturas de ferro, madeira e pedaços de tela de tecido, está montando lixeiras que serão distribuídas em diversos pontos da Zona Norte, incluindo a faixa de praia.

Conforme o subprefeito Humberto Machado, o material para as lixeiras foi encontrado no ponto de descarte localizado ao lado do prédio da Subprefeitura – são camas de berçários jogados fora. “O Ângelo viu o material e logo sugeriu a obra. Então retiramos ferros de algumas camas, juntamos com pedaços de madeira. Fizemos um protótipo e, a partir dele, estamos montando outras iguais”, explicou. O mecânico ressaltou que como o material é todo reciclado, não está havendo gasto nenhum. “Um trabalho sem custo nenhum, o que se utiliza é apenas a mão de obra e o material”, destacou. 

O objetivo é produzir 20 lixeiras, que tem uma forma triangular, permitindo a colocação de sacos plásticos para receber o lixo. “Até o momento estão prontas 16, sendo algumas duplas, que ficarão posicionadas nas avenidas, pois elas são mais movimentadas, com grande fluxo de veranistas. As menores serão colocadas em locais estratégicos”, antecipou. As lixeiras serão instaladas no começo do próximo ano na beira-mar, no trecho entre os balneários Harmonia e Imara, e nas avenidas Albatroz, no balneário Albatroz, e Edith de Lourdes, em Santa Terezinha. Elas serão colocadas no início da manhã e retiradas no final da tarde.

Foto: Guilherme Almeida

O subprefeito informa que o recolhimento do lixo e reposição dos sacos plásticos será feito pela Subprefeitura, a exemplo do que já ocorre com as outras estruturas. “Estamos construindo estas lixeiras gastando nenhum centavo de dinheiro público. Mas queremos pedir a colaboração da população para que faça o descarte de lixo consciente nessas estruturas e colabore com a limpeza da nossa cidade”, pediu Humberto.

Por sua vez, Ângelo revela que já tem novas ideias em mente para 2021. “Já sugeri ao subprefeito que façamos lixeiras em forma de boto, que é o símbolo da cidade, e também de carrinhos, para que as crianças possam brincar e também aprender a cuidar da natureza”, garante. Ele falou ainda que não existe projeto de separar nas lixeiras o lixo orgânico e o lixo seco. “Mas é um projeto para o futuro. Ainda não foi possível. Porém o que queremos é que as pessoas parem de jogar lixo no chão, principalmente nas faixas de areia. Se elas soubessem o mal que provocam, não o fariam”, finaliza.