Quiosques à beira-mar são alternativas de lanches no Litoral gaúcho

Quiosques à beira-mar são alternativas de lanches no Litoral gaúcho

Barracas facilitam a hora do lazer dos veranistas em férias 

Sidney de Jesus

Movimento no litoral tem sido maior durante o final de semana

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Uma estrutura à beira-mar com lanches rápidos e cardápio de restaurante. Os quiosques têm sido opção de alimentação para os veranistas e turistas que querem aproveitar e permanecer na praia na hora do almoço ou o dia todo, no Litoral Norte. Quando bate a fome, muitas pessoas que estão de férias nas praias gaúchas preferem consumir algum alimento na barraca mais próxima.

Passando férias em Imbé, com a família, o supervisor de Merchandising, Jeceller Machado, 45 anos, morador de Guaíba, revela que sempre que vai à praia compra quase todas as refeições na faixa da areia. "Estou de férias e vim à praia para descansar, curtir o sol e o mar. Não vim para cozinhar. Gosto de aproveitar ao máximo a orla. Na hora do almoço minha família faz as refeições por aqui mesmo, num quiosque, para não sair da praia", afirmou Machado, enquanto beliscava uma tábua com violinhas, batata frita, calabresa e queijo, ovo de codorna e saladas, acompanhado da mãe Jacir Pereira, 69 anos, os filhos Ellen Lopes Machado, 17, e Henri Drese Machado, de sete anos. 

Foto: Fabiano do Amaral 

O motorista Marcelo Braz da Rosa, 57 anos, morador de São Leopoldo, que passa uns dias em Imbé, também prefere comprar o alimento na orla. Frequentador da praia há 20 anos, ele revela que sempre se alimenta em quiosques ou restaurantes quando está no litoral. "O dinheiro que recebo nas férias é para que eu tenha um pouco mordomia. As férias foram feitas para curtir e não economizar", afirmou.

Alguns veranistas, no entanto, preferem consumir na praia alimentos preparados em casa, devido ao custo mais barato e também por ser mais saudável. É o caso do casal Edson Luis Prates Lins, 53 anos, e Silvana Gonzaga Lins, 49. Moradores de Porto Alegre e curtindo férias em Tramandaí, eles sempre saem de casa para a praia com lanches e o almoço devidamente acondicionados em reservatórios térmicos, além de um cooler com bebidas. "Comer a nossa comida própria à beira-mar é muito bom. Além de ser mais barato para o bolso, não corremos o risco de ingerir algo de procedência duvidosa", ressaltou Edson.

Pandemia enfraqueceu vendas 

"Violinha, batata, polenta, pastel, camarão, filé de peixe, sanduíche natural, milho verde, entre outros lanches e comidas, são os mais requisitados pelos veranistas", afirma a comerciante do "Quiosque do Rodrigo", localizado no Calcadão de Imbé,  Gisele Costa, de 41 anos. Há 10 anos preparando alimentos na beira da praia de Imbé, ela releva que devido à pandemia as vendas diminuíram cerca de 60% em quase todos os quiosques do litoral. 

"O movimento tem sido fraco durante a semana e aumenta um pouco nos sábados e domingos, mas ainda fica abaixo das expectativas, enfatizou. Ela lembra que no verão passado, antes da aparição do vírus, vendia muito alimento, principalmente no horário do meio-dia. "A maioria dos veranistas preferiam comprar as nossas comidas para não terem que sair da praia nesse horário. Hoje, além do fraco movimento, muitos trazem o próprio alimento para não gastar", ressaltou Gisele, lembrando que o quiosque cumpre com todos os protocolos de prevenção à Covid-19. "Com a chegada da vacina, esperamos que esse quadro negativo mude em breve e nossas vendas melhorem", destacou.


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