Setor hoteleiro comemora público no Litoral Norte para o fim de ano

Após quase dois anos de redução no movimento de turistas por conta da pandemia do coronavírus, a rede de hotéis no Litoral Norte do Estado comemora o aumento da procura por hospedagem na região para a virada de 2021 para 2022. Para o setor, a esperança da saída de um ano difícil para um melhor não é apenas simbólica, mas comprovada em números.

De acordo com o Sindicato dos Hotéis, Bares, Restaurantes e Similares do Litoral Norte (SHRBS), a maior parte dos estabelecimentos está com lotação em 100% para o Réveillon e o número de empregos gerados para o veraneio está em torno de sete mil, como acontecia antes da chegada da Covid-19. Na última temporada, as contratações não chegaram a mil.

“O setor de turismo não se recupera, porque não tem como recuperar uma diária que perdeu no dia anterior, mas é um setor resiliente, que ressurge das cinzas. É fácil de ser atingido, mas é muito fácil de ser reerguido”, explica a presidente do SHBRS, Ivone Ferraz.

Segundo ela, os empresários da rede hoteleira estão felizes com o movimento para o Ano Novo e com boas expectativas para o restante do verão, mas não há como cantar vitória devido aos quase dois anos de perda por conta da pandemia, que define como “um pesadelo”. 

O movimento, segundo a presidente, deve ser expressivo até o mês de março, com momentos de pico. O Ano Novo, afirma, é um deles, assim como o Carnaval e os fins de semana. Ainda de acordo com Ivone, entre segunda e quarta-feira, a lotação dos estabelecimentos costuma ficar em torno de 80%. Já nos momentos de pico, sempre se aproxima dos 100%.

A retomada do setor hoteleiro no Estado como um todo começou no mês de junho, principalmente na região das Hortênsias, da uva e do vinho, na Serra Gaúcha. No verão, o crescimento da procura pela rede hoteleira no litoral começa, enfim, a ser percebido.

Segundo Manuel Suárez, presidente do Sindicato Intermunicipal da Hotelaria no Rio Grande do Sul (SindiHotel), entidade presente em 468 municípios gaúchos, a taxa de ocupação em todas as regiões gaúchas está próxima dos 55%, o que é considerado muito positivo.

O veraneio, afirma o presidente, deve ser mais longo devido ao Carnaval entre o fim de fevereiro e o início de março. “A perspectiva é muito boa, tem muita gente na praia, com mais dias de permanência, e acho que o tempo vai ajudar também”, comenta. O Ano Novo, conforme Suárez, costuma ser a principal data para o setor no litoral, porque boa parte do público resolve se dirigir às praias, diferentemente do Natal, quando a maioria das pessoas opta por passar com a família.