Indústria gaúcha utiliza tecnologia em crachá para rastrear funcionários e protegê-los da Covid-19

Indústria gaúcha utiliza tecnologia em crachá para rastrear funcionários e protegê-los da Covid-19

Desde 2020, foi instalado em todos os crachás um microdispositivo que funciona por bluetooth informando a proximidade entre os mesmos

Com o uso do Sirmi, não houve registro de contaminação por coronavírus dentro da fábrica

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Desenvolvido internamente por seus próprios funcionários, a Polo Films está utilizando um sistema que tem se revelado bastante eficiente para proteger a saúde dos colaboradores e evitar a contaminação por coronavírus. Desde meados de 2020, foi instalado em todos os crachás para acesso à empresa, um microdispositivo que funciona por bluetooth informando a proximidade entre os mesmos para as antenas instaladas na fábrica. Assim, facilitando o rastreamento de contatos próximos.

"Este sistema trouxe uma agilidade e precisão incríveis quando é necessário fazer o rastreamento e o cruzamento dos contatos. Desta forma, o Comitê de Gestão de Crise consegue rapidamente tomar decisões, como o afastamento de alguém a fim de evitar o contágio,” explica o CEO da Polo Films, Antônio Jou Inchausti.

O sistema – chamado de Sistema de Rastreamento de Microdispositivo Individual ou Sirmi – tem ajudado a manter a fábrica em operação contínua sem risco de parada que poderia gerar problemas de abastecimento de embalagens de alimentos e de higiene, dada a alta demanda por esses materiais nos últimos dois anos. O rastreamento da COVID-19 só funciona dentro da Polo Films, pois o alcance da rede de antenas é limitado. Com o uso do Sirmi, não houve registro de contaminação por coronavírus dentro da fábrica. A Polo – com quase 400 colaboradores distribuídos pela unidade fabril em Montenegro e escritório em São Paulo – já solicitou a patente desse sistema e pretende comercializá-lo no futuro.

Com atuação há quatro décadas, a Polo Films produz insumos para embalagens plásticas, como as de massas, salgadinhos, sabonetes e biscoitos. Em 2021, a produção chegou a 60 mil toneladas de Filmes de Polipropileno Biorientado (BOPP) destinados tanto para o mercado interno quanto para o externo. Os principais clientes estão na indústria de alimentos, higiene, limpeza, beleza e bebidas.

Ao intensificar a atenção e as estratégias direcionadas ao treinamento e à qualificação das pessoas, a Polo Films aumentou em 50% seu faturamento em relação a 2020 e, em 2021, quando várias iniciativas foram consolidadas na unidade fabril de Montenegro, deve superar R$ 1,2 bilhão. Com escritório em São Paulo, a empresa atua na manufatura da cadeia de embalagens plásticas flexíveis e fabrica filmes de polipropileno biorientado, conhecido no segmento de embalagens como BOPP. E o ano deverá fechar com 65 mil toneladas produzidas, sendo que cerca de 40% desse total é exportado principalmente para a América Latina e Estados Unidos.

A principal aplicação no mercado nacional de embalagens flexíveis e, em especial o de filmes de BOPP, são as embalagens de alimentos como massas, biscoitos, e salgadinhos devido às eficientes características de preservação do produto embalado. Outras aplicações vêm crescendo substancialmente como rótulos e etiquetas para as indústrias de higiene e limpeza, e-commerce e bebidas, além de aplicações tradicionais como fitas adesivas e embalagem de cigarros.

A pandemia e as restrições de movimentação das pessoas elevaram o consumo de massas, biscoitos e salgadinhos e, por consequência, também incrementaram a demanda por embalagens flexíveis. A expansão do e-commerce, por outro lado, ampliou, significativamente, a necessidade de etiquetas e fitas adesivas.

Nesse contexto e em sintonia também com a produção de produtos alinhados à Nova Economia do Plástico, a Polo Films aposta na inovação e na agilidade e prevê direcionar, em 2022, mais de R$ 25 milhões apenas para a renovação do seu parque industrial, localizado à margem da BR-386, destinando recursos para a transformação digital e ao Laboratório de Qualidade e de Pesquisa. “Nossos investimentos em pesquisa & desenvolvimento, que totalizaram R$20 milhões nos últimos seis anos, têm convergência com os conceitos de sustentabilidade e práticas ESG”, afirma o CEO da Polo Films, Antonio Jou Inchausti.

Dentro da transformação digital, as dimensões mais significativas para a Polo Films são inteligência de mercado, P&D, tecnologia da Informação, inovação e ESG. “E tudo norteado pelo aumento da segurança da informação, agilidade nos processos de negócios e melhoria da experiência do cliente”, complementa Jou, uruguaio de nascimento, mas que se considera gaúcho de coração.

A Polo Films já conquistou o selo Bronze EcoVadis, classificação de sustentabilidade empresarial mais confiável mundialmente, e está em processo de alinhamento com indicadores de sustentabilidade a partir dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da ONU, e da Ellen MacArthur Foundation.


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