Academia sueca autoriza demissão de quatro membros
Modificação no estatuto passa a permitir que integrantes renunciem e sejam substituídos durante a vida
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Arnault, marido da poetisa e membro da Academia Katarina Frostenson, negou as acusações. Essas revelações semearam polêmica e discórdia entre os 18 membros da instituição sobre como reagir e, nas últimas semanas, seis deles decidiram renunciar, incluindo a secretária permanente Sara Danius. Dois membros já não participavam há tempos dos trabalhos, reduzindo a dez o número de acadêmicos ativos.
Segundo o estatuto da Academia, são necessários ao menos 12 membros ativos das 18 cadeiras para eleger um novo membro. O rei, padrinho da instituição, anunciou em 2 de maio uma modificação no estatuto: seus membros podem agora renunciar e, portanto, serem substituídos durante sua vida.
"Lotta Lotass, Klas Östergren e Sara Stridsberg solicitaram e foram autorizados de forma imediata a deixar a Academia sueca", indicou a instituição em um comunicado. O quarto membro, Kerstin Ekman, afastado desde 1989 depois que a Academia se negou a condenar naquele ano uma fatwa contra o escritor britânico Salman Rushdie, também foi autorizado a se demitir.
Na sexta-feira, a Academia anunciou que o Nobel de Literatura de 2018 será adiado, uma medida que acontece pela primeira vez em quase 70 anos. Com isso, láurea deste ano será entregue junto com a de 2019.