Alegria marca retorno do Carnaval do Rio de Janeiro à Marquês de Sapucaí

Alegria marca retorno do Carnaval do Rio de Janeiro à Marquês de Sapucaí

Doze escolas passaram pelo Sambódromo nos dois dias de desfiles do Grupo Especial

Correio do Povo

Doze escolas passaram pelo Sambódromo nos dois dias de desfiles do Grupo Especial

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Após dois anos, a festa de Carnaval tomou conta da avenida Marquês de Sapucaí neste final de semana, onde doze escolas de samba desfilaram pelas duas noites do Grupo Especial do Rio de Janeiro. Na sexta-feira, passaram pelo Sambódromo a Imperatriz Leopoldinense, Mangueira, Acadêmicos do Salgueiro, São Clemente, Unidos do Viradouro e Beija-Flor de Nilópolis. No sábado, o desfile foi Paraíso do Tuiuti, Portela, Mocidade Independente de Padre Miguel, Unidos da Tijuca, Grande Rio e Vila Isabel.

O público presente festejou com as agremiações, que trouxeram celebridades ilustres misturadas aos demais componentes, em um clima de magia. Os temas das escolas foram diversos, com grande parte delas optando por exaltar a cultura e personalidades negras. A Imperatriz homenageou Arlindo Rodrigues, cenógrafo e mestre nas artes carnavalescas. A Mangueira trouxe as histórias do compositor Cartola, do intérprete Jamelão e do mestre-sala Delegado. O Salgueiro, por sua vez, cantou sobre a resistência negra.

A São Clemente fez uma homenagem ao humorista Paulo Gustavo, falecido em maio de 2021 por complicações da Covid-19. A Viradouro, campeã em 2020, mostrou que alegria é o melhor remédio. O enredo da Beija-Flor falou sobre a contribuição intelectual negra para a construção do Brasil. A Paraíso do Tuiuti celebrou feitos de personalidades negras de diversas áreas. Já a Portela utilizou a figura da árvore africana baobá para falar de resistência, sobrevivência e longevidade. A Mocidade homenageou Oxóssi, orixá caçador das matas.

A Unidos da Tijuca contou sobre a lenda indígena do guaraná. A Grande Rio desfez o mito do orixá Exu, mensageiro entre o mundo espiritual e seres humanos, na visão das religiões de matriz africana, e a Vila Isabel, última agremiação a passar pelo Sambódromo, prestou homenagem ao músico Martinho da Vila.

A Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa), responsável pelos desfiles do Grupo Especial, garantiu a escolta dos carros alegóricos para evitar novas tragédias.

Na última quarta-feira, a menina Raquel Antunes, 11 anos, morreu após ter a perna amputada na sequência de um acidente envolvendo um carro alegórico da escola de samba Em Cima da Hora, da Série Ouro – equivalente à divisão inferior à principal. A menina ficou imprensada entre a alegoria e um poste na área da dispersão. A Justiça chegou a pedir que a Polícia Militar e a Guarda Municipal fizessem o patrulhamento das ruas do entorno para evitar que as pessoas se aproximassem dos carros.

A apuração dos desfiles ocorre na próxima terça-feira, a partir das 16h, e as campeãs voltam a desfilar na Sapucaí no sábado, às 21h30min.


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