B-Girl Naju se destaca no breaking em nova montagem de “Trivial”
Apresentação integra a programação do 18º Festival Palco Giratório de Porto Alegre
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Neste sábado, dia 2, o Teatro Bruno Kiefer, da Casa de Cultura Mario Quintana (rua dos Andradas, 736), será palco de um novo momento para a dança urbana de Porto Alegre. Com um elenco totalmente independente, formado pelos B-Boyz Daniel Cavalheiro, T2, Deaf, B-Boy Julinho RC e B-Boy César RC, agora a B-girl Naju soma-se à “Trivial - Um espetáculo de Bboys” com uma proposta construída na base da cultura hip hop, mais conhecida como breaking. A apresentação, que ocorre às 20h, integra a programação do 18º Festival Palco Giratório de Porto Alegre.
Naju, 28 anos, integra o movimento breaking desde 2012. Além de promover oficinas periódicas para mulheres e, atualmente, atua como educadora na Casa da Cultura Hip Hop de Esteio. Já participou de eventos pelo Brasil e América do Sul, conquistando vitórias em várias batalhas. Em 2023, chegou ao top 16 das B-girls na Red Bull BC One Cypher, em São Paulo.
Criado no Bronx, na cidade de Nova York, durante os anos 1970, o breaking (ou breakdance) é um estilo de dança de rua que faz parte da cultura do hip hop - nascido e vivenciado nas comunidades afro-americanas e latinas. Até hoje, o estilo tem grande relevância social, política e cultural, funcionando como manifestação artística de resistência. Praticado em todo mundo, inclusive como competição, em 2024 o breakdance estreia como modalidade na Olimpíada de Paris.
O diretor e coreógrafo Driko Oliveira é membro da Cia Municipal de Dança de Porto Alegre, da Cia H Dança e da Ânima (companhia de dança de Eva Schul) desde 2014. À frente da Cia Jovem de Dança, coreografou três trabalhos com jovens de escolas públicas da Capital, e, em sua carreira independente, desenvolveu uma proposta que mistura as danças urbana e contemporânea, o que chamou de “contempurbano”.
“É tudo muito comum, mas não é bem assim. O espetáculo de Bboys busca em diferentes cenas criar um paradoxo em trivialidades cotidianas de jovens – e o mais trivial é receber uma B-girl. Depois de todas as trivialidades ditas nas Olimpíadas, como a realidade diária de profissionais liberais, pais de família, membros de uma sociedade desigual podem mostrar que dançar breaking é a forma de expressão e profissão que sustenta esses artistas emocional e financeiramente”.