Bienal do Mercosul estima 800 mil visitantes em edição de 2022

Bienal do Mercosul estima 800 mil visitantes em edição de 2022

Mostra de arte contemporânea ocupou 11 espaços de Porto Alegre por mais de dois meses

Correio do Povo

A obra "Pulse Topology", do mexicano Rafael Lozano-Hemmer, reúne 3.000 lâmpadas suspensas

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A 13ª Bienal de Artes Visuais do Mercosul terminou no domingo, dia 20 de novembro, em Porto Alegre após 66 dias de atividades. Esta edição, além de marcar o retorno da Bienal ao formato presencial após quase quatro anos e os 25 anos desde a estreia do evento, propôs uma reflexão sobre o tema “Trauma, Sonho e Fuga”. Foram 102 artistas de 23 países expondo em 11 locais que integraram o circuito de visitação, entre eles o Farol Santander; a Fundação Iberê Camargo; o Instituto Caldeira; o Instituto Ling e o Cais do Porto. Além disso, também foi criado um percurso de Arte Urbana na região central da capital gaúcha.

Durante os mais de dois meses de portas abertas à população, estima-se que a mostra tenha recebido quase 800 mil visitantes – mesmo vindo de diferentes regiões do país e do mundo, isso representa mais de um terço da população da cidade –, tendo registrado quase 10 mil em um único espaço expositivo em um dia. Os números que envolvem as instalações da Bienal também foram marcantes. Exemplo disso são os 10km de linha de costura vermelha utilizados na obra "Um garimpo de si", de Adrianna eu; os mais de 20 mil comprimidos que compõem "Placebo", de Raphael Escobar; os 2 mil livros que se espalham por "Da memória vegetal", de Lucas Dupin e os 4 mil metros de tela que cruzaram o céu da Avenida Borges de Medeiros na obra "Batimento", de Túlio Pinto.


“Batimento”, de Túlio Pinto, faz intervenção no Centro Histórico | Foto: Alina Souza

A grandiosa "Silent Hortense", por sua vez, recebeu o recorde de pedidos para que permanecesse na capital gaúcha. Exposta na área externa da Fundação Iberê Camargo, a escultura de mais de 7m de altura mostra um rosto com as duas mãos sobre a boca. Exibida pela primeira vez, a obra do artista espanhol Jaume Plensa foi considerada “um encaixe perfeito” com a arquitetura marcante da sede da Fundação. Apesar disso, ela já tem seu próximo destino definido: partirá de Porto Alegre para Curitiba, onde será exposta junto ao Museu Oscar Niemeyer.


A obra Silent Hortense é de autoria de Jaume Plensa | Foto: Guilherme Almeida

No Projeto Educativo, as atividades foram diversas. Com ações em várias plataformas e formatos, de maneira estendida no tempo, o Educativo promove a qualificação do ensino da arte e a construção de um pensamento crítico e criativo de modo continuado. De acordo com a coordenadora da área, Germana Konrath, foram 1673 agendamentos confirmados e ao menos 500 visitas não agendadas atendidas; 113 escolas trazidas com ônibus Ouro e Prata e 38 com ônibus da Secretaria Municipal de Educação de Porto Alegre; mais de 100 mil estudantes recebidos; 25 encontros do Curso para Formação para Mediação realizados; 104 pessoas realizarem este trabalho fundamental nos espaços durante a mostra; e 700 unidades do material pedagógico Diálogos foram distribuídas a professoras e professores da rede pública. 

Explorando obras interativas, a curadoria foi liderada por Marcello Dantas e complementada pelos curadores adjuntos Carollina Lauriano, Laura Cattani, Munir Klamt e Tarsila Riso, e teve como intenção proporcionar aos visitantes uma imersão por meio dos sentidos.

Desentendimento no encerramento  

O curador Marcello Dantas  postou um vídeo no Instragram do evento para agradecer e pedir descuplas aos 104 mediadores que trabalharam na Bienal. Ele se desculpou por utilizar uma palavra indevida ao representar um conflito entre os mediadores e a exposição da obra de Tino Sehgal.  

Os mediadores se manifestaram com nota de repúdio ao curador, e mais tarde uma carta aberta ao público na conta do Instagram do Educativo Bienal, explicando o ocorrido e apontando as condições de trabalho durante a exposição. 


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